Queridos amigos, boa tarde
Lembrem-se sempre que a verdadeira felicidade não está neste mundo. Existem ainda muitas experiências a vivenciarem e inúmeros aprendizados a absorverem antes de não mais necessitarem encarnar e passar pelas provações no mundo de ilusões. Pois sim, meus amigos, a Terra não passa de um mundo de ilusões, de uma fantasia que muitos criam, vivenciam, e acreditam fielmente a ponto de se deixarem envolver pelas delícias e pelos prazeres mundanos, esquecendo-se totalmente que nada levarão desta experiência a não ser os aprendizados. Pois a matéria permanecerá toda nesta faixa de vibração.
Entendam que, quanto mais tempo mantiverem-se imantados aos prazeres do mundo, mais ligados à Terra estarão, e mais necessitados estarão de encarnar pela própria ligação que mantém com o globo. Ao passo que, quanto mais sutilizarem seus corpos, mais sutis serão também os laços que os unem a um corpo físico, retardando naturalmente o tempo da encarnação, sem que torne-se algo forçado, e sem que tentem burlar qualquer Lei que rege o universo. Pois as Leis de Deus são perfeitas. E não há regras a serem quebradas, mas sim consequências para as próprias ações desajustadas.
Retardar o processo encarnatório até o ponto de não necessitarem mais reencarnar é o resultado puro e simples de uma vida sem luxúria, sem rancor, sem inveja, mas humilde no sentido de desprendimento. Não é “pecado” ajuntar bens se esses bens proporcionarem a vocês a satisfação e a conquista de uma vivência digna em seus lares. Porém, torna-se um engano acumularem bens para mostrarem uns aos outros tudo o que possuem como um troféu de conquistas e exibições de ganância e orgulho, enquanto outras pessoas nada têm e venderiam o pouco que ainda lhes resta para não passarem fome.
Conquistem sim, pelo suor do seu trabalho, mas não se gabem da conquista. Façam dela um meio de auxílio ao próximo. Ajudem-se para ajudarem ao próximo. Tenham em mente que fora da caridade não há salvação. Quando compreenderem o real sentido da fé e da verdade, do amor e da caridade, então não se sentirão culpados por não auxiliar um irmão acomodado. Mas se sentirão com culpa por não proporcionarem a ele as condições de, por si mesmo, buscar os frutos pelos seus esforços. Nem por isso deverão negar o pão ou um cobertor aos necessitados. Pois, na loucura e no desespero, estes devem ser acolhidos, abraçados e devidamente orientados.
Saibam discernir a esperteza e a sagacidade do dito pobre oportunista, da falta de oportunidade e desistência de viver neste mundo do pobre de espírito e de fé. Avivem a fé dos nossos irmãos. Mostrem o amor que possuem em seus corações e auxiliem sim aqueles que necessitarem. Deem o exemplo de amor ao estenderem a mão e se mostrarem benevolentes e caridosos ao gratificarem ou oferecerem uma moeda a um irmão necessitado. Sobretudo, olhem com o coração. Mas não sintam pena pelas condições em que ele se encontra, pois todo aquele que planta colhe. E, um dia fizeram por merecer, na escola de aprendizados terrestre, meios mais rígidos de repararem a conduta desregrada de tempos passados.
Não é hora de temer o futuro que os reserva, mas sim de plantarem novas sementes, pois enquanto uma colheita é realizada, outras sementes são plantadas simultaneamente. Quem planta colhe, e quem colhe planta simultaneamente. Aprendam com a vivência de vocês. Olhem para dentro dos seus corações e identifiquem o que de melhor têm para oferecer e de que modo podem contribuir para melhorar a vida do próximo, em gratidão ao aprendizado que tiveram nesta vida.
Nada daqui levarão, a não ser o aprendizado. Casa, carros luxuosos, mansões e seus apetrechos tecnológicos… tudo isso pode lhes servir agora, mas o que de bom trará em aprendizado para sua alma? Retornarão para a casa do pai felizes por desfrutarem de churrascos opulentos, regados a álcool, vinho e bebidas caríssimas, tendo-as deixado todas para trás, após terem dado seus vexames nas festas e orgias humanas?
Terão deixado tudo para trás quando retornarem. E então, com a mão na consciência, cairão no entendimento de que desperdiçaram uma vida inteira para construir um mundo melhor e contribuir para o aprendizado do próximo, com iates e viagens caras e ostensivas, mostrando suas fotografias em palácios construídos pelo próprio homem, gabando-se da oportunidade que tiveram, enquanto o pobre morador de rua mal tem dinheiro para utilizar uma condução pública e se deslocar em uma grande cidade.
Pobres em espírito serão aqueles que nada de bom terão a contar quando retornarem à casa do Pai, e necessitarem somar suas boas ações para então entenderem quantas encarnações mas necessitarão para compensar toda essa vida de desarranjos. 100 anos, 200 anos, 300 anos… 1000 anos a mais necessitarão. Quantos anos mais estarão perdendo e desperdiçando para neutralizar os efeitos de uma vida totalmente fora do caminho da verdadeira fé e da verdade?
Muitos fecham seus olhos para o mundo de dor e sofrimento que há lá fora enquanto se divertem às custas dos impostos do trabalhador honesto. Estes são os que mais sofrerão ao voltar para a casa do Pai. Pois a eles foi dada uma missão maior. A de proporcionar ao povo justamente meios felizes e eficazes de batalharem com justiça por seus direitos e conquistarem com o suor do próprio rosto o verdadeiro direito de ir e vir, sem depender de esmolas malvindas das mãos daqueles que contribuem para dizer que são caridosos, mas que na verdade acreditam estar comprando um pedaço do céu, para construírem seus lares e encontrar sua famílias em grandes palácios de vidro do mais puro cristal celeste. Pobres de espírito se acreditam que ao chegarem na casa do Pai encontrarão suntuosos castelos. Encontrarão, ao contrário, um universo paralelo, de vidas amigas e vivências antigas que poderão ensinar-lhes o real sentido da construção de bens e virtudes.
De nada valerá o ouro doado para construir seu pequeno palácio celestial se as boas ações feitas aqui na Terra não disserem o mesmo. Quando feitas de coração, as boas ações possibilitam que os futuros moradores das comunidades celestiais possam usufruir sim de direitos. Direitos de visitar seus parentes e amigos, direitos de conhecimento e novas oportunidades de encarnação muito mais felizes, direitos de visitar outros orbes e interagirem com outras civilizações, que proporcionarão ainda novos aprendizados. Direitos e deveres. Ações e responsabilidades. É isso que devem ter em mente, caros irmãos. É hora de abrir as suas mentes para o novo e de abrirem os olhos para a verdadeira realidade. A realidade de que estamos aqui só de passagem. E o que de bom deixarão para os que ficarem? E o que de bom levarão consigo após aprenderem?
Está na hora de deixarmos essa máscara cair e de deixarem de acreditar nas ilusões das propagandas nos outdoors e revistas. Deixarem de acreditar nas máscaras de beleza que prometem o rejuvenescimento da carcaça que abriga hoje um espírito que é eterno. Essa carapaça que hoje os reveste possui prazo de validade. Mas o espírito, meus amigos, este vive eternamente. E viverão e experimentarão ainda muitos corpos, para aprenderem a não terem mais preconceitos e desrespeito ao próximo por quem ele é, e pela forma como veio neste mundo. Se temem o negro, um dia negos virão. Se temem o coxo, poderão vir com esta deficiência para entender o quão dificultosa é esta necessidade, mas que não necessita ser deplorada ou desprezada. Se temem a beleza, poderão vir belos, para mostrarem se saberão lidar com a vaidade e a ovação. Se temem a pobreza, um dia pobres virão. Para aprender, sempre, meus irmãos.
Lembrem-se: a vida na Terra não é para ser uma vida de luxúria, mas de aprendizado. Uma vida de reflexões e de auxílio ao próximo. Pois, se todos se ajudarem, juntos também evoluirão em aprendizado. Mas se negarem a si mesmos essa oportunidade e privarem o próximo também de aprender, terão para si ainda mais encarnações de aprendizado, para entenderem que ele, o aprendizado, é inevitável, pois o tempo é eterno para aprender e entender que somente o amor é capaz de eliminar o preconceito, a falta de entendimento e respeito a si mesmo e ao próximo. Somente o amor é capaz de eliminar os laços que os unem à carne e os impelem automaticamente e vibratoriamente para a encarnação, seja ela compulsória ou planejada, para ajustes e novos aprendizados.
Sutilizem-se, meus irmãos. Aprendam com o amor.
Autor: Fraternidade Branca Universal pelo Espírito das Luzes
Local: São Paulo, 19/07/2016
Canal: Fernando