Dicionário Budista

O budismo possui um vocabulário bastante peculiar. Para compreender os ensinamentos é necessário saber antes de tudo o que significam alguns termos que se repetem frequentemente. Portanto, vamos a um pequeno glossário com os principais termos budistas:

Anatman (Negação do Ego): um dos principais fundamentos do Budismo. Esta palavra pode também ser traduzida como “Não-alma” ou seja, algo que é destituído de espírito ou mente.  Infelizmente essa palavra é mal interpretada uma vez que para alguns significa que nada existe, mas isso não é o que o budismo ensina. Outro ponto importante é que a não compreensão deste termo fará com que você interprete mal a maioria dos ensinamentos do Buda. De acordo com esta doutrina, não há “eu” no sentido de um ser permanente, integral, autônomo dentro de uma existência individual. O que nós pensamos como nosso ego, o “eu” que habita o nosso corpo, é apenas uma experiência efêmera. Dessa forma, é mais correto dizer que há existência, porém, não da forma como estamos acostumados – self[1] e alma, e sim que embora não exista o self e a alma, ainda há vida após a morte, renascimento e proveito do karma.

Anitya (Transitoriedade ou Impermanência): outro ponto fundamental do budismo. Toda a existência e fenômenos estão em constante mudança, não são iguais mesmo que poucos segundos os separem. Tudo um dia morrerá ou acabará, e essa perspectiva é a verdadeira causa do sofrimento. Porém, é importante ressaltar que este termo não deve ser interpretado como algo pessimista e ruim. O progresso e a evolução são manifestações dessas mudanças constantes. Tudo na vida é passageiro, as alegrias, as tristezas… Como diria a sabedoria popular: “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”.

Bodhicitta (a mente de iluminação. Bodhi=iluminação, Tchitta=mente): É um estado de consciência de grande amor e compaixão, um desejo espontâneo e profundo de ser luz para os outros, liberando-os do sofrimento e guiando-os à iluminação, ou seja, atingir o estado de Buda em benefício de todos os seres sencientes (seres que possuem a capacidade de sofrer ou sentir prazer ou felicidade). Por meio do exercício da mente compassiva, se alcança a bodhicitta.

Bodhisattva (aquele que se empenha em alcançar a Iluminação): este nome foi usado para se referir a Siddharta Gautama quando ele ainda não havia alcançado a Iluminação. Posteriormente, com o surgimento do budismo mahayana, este nome passou a designar todos que se esforçavam para atingir o estado de Buda (a Iluminação, a perfeita sabedoria) seja por esforço próprio ou ao conduzirem outros ao reino de Buda por meio de sua compaixão enquanto eles próprios buscavam esse objetivo. Os Bodhisattvas mais conhecidos dentre muitos existentes são: Avalokitesvara (Kwannon), Ksitigarbha (Jizo) e Mañjusri (Mon-ju).

Buddha (o lluminado): esta palavra significa “o sábio, o iluminado”, aquele que alcançou o perfeito conhecimento da verdade e que por este motivo, libertou-se de todo e qualquer apego à existência e ensinou a todos como alcançar esta Iluminação antes de sua entrada no Nirvana. Devido à diferença dos meios de como alcançar esse estado, o budismo foi dividido em diversas seitas e escolas. No budismo mahayana, por exemplo, ao lado do Buda histórico, Sakyamuni, muitos outros budas são aceitos: Amitabha (Amida), Mahavairocana (Dainichi), Bhaisajyagur (Yakushi), entre outros. Independente da escola ou corrente seguida, o objetivo final dos budistas é se tornar um Buda.

Delusão: em sânscrito, delusão é avidia (ou Prajna – Sabedoria) ao contrário. Tecnicamente falando, delusão é quando olhamos para algo e esquecemos todas as demais, ou seja, justamente porque enxergamos, somos cegos. Este fator mental torna nossa mente agitada e fora de controle devido a essa atenção imprópria. Existem três delusões principais: ignorância, apego e aversão. Delas surgem todas as demais: medo, inveja, orgulho e arrogância, avareza, dúvida e outros.

Dharma (a verdadeira Doutrina – Preceitos éticos do budismo): são os preceitos ensinados por Buddha Shakyamuni, que inclui 84 mil métodos para revelar a verdadeira natureza da mente e atingir a Iluminação. Existem três tipos de cânones nesses ensinamentos: Sutras, o principal dharma ensinado pelo próprio Buda; Vinayas, código de disciplina dos monges transmitido por Buda e Abhidharmas, que são os comentários e discussões sobre os Sutras e Vinayas feitos pelos sábios de épocas posteriores. Estes cânones formam o que chamamos de Tripitaka. O Dharma é a segunda das Três Joias do budismo (aprofundarei sobre esse assunto em outro artigo).

Gonpa (Gompa ou gumba): É o sinônimo de mosteiro ou complexo monástico budista, especialmente budista tibetano. Esse tipo de construção é muito comum no Tibete , em outras regiões ao norte da Índia e budistas como o Butão, Nepal e partes da China. Muitas vezes esse nome se aplica a um único edifício, mas o mais comum é a utilização deste termo para nomear um conjunto de edifícios com funções de culto (templo, estupas, santuários, etc.)., residência de monges e/ou monjas, espaço de aprendizagem,  formação e sadhana, bibliotecas, entre outros.

Guru (Mestre espiritual): Ele é quem se dedica a dar ensinamentos e guiar os alunos no caminho da iluminação, ensinar métodos corretos para superação do sofrimento e aperfeiçoamento do corpo, da palavra, da mente, das qualidades e das ações. Cabe ao guru também dedicar a sua prática para o benefício de todos os seres.

Iluminação: é a libertação completa de todas as falhas e obstruções mentais nos seus diversos níveis: do mais grosseiro até o mais sutil. É o objetivo principal de todos os budistas.

Karma (ação): embora o significado original desse termo seja simplesmente “ação”, pode ser entendido como o princípio da infalibilidade de causa e efeito, ou seja, cada um dos nossos atos resulta, dependendo de sua natureza, no bem ou no mal, na felicidade ou sofrimento, influenciando nossa vida atual e as futuras. Este conceito abrange três tipos de ações: física, oral e mental. O Karma é a força que “nos obriga a nascer, mesmo que não queiramos, e a morrer, mesmo que não queiramos”. Ao se falar do ciclo de nascimento e morte, é fundamental enfatizar que não é “você” que percorre e retorna nesse ciclo, e sim o seu karma.

Lama: é o mesmo que Guru, só que em tibetano. Um lama pode ser monge ou não. Há muitos lamas do budismo tibetano que não são monges, são casados e têm cabelos longos. Um lama pode ser monge, ou seja, ter os votos de monge, e por algum motivo entregar seus votos. Mesmo não sendo mais monge, ele continua sendo lama e continuará se dedicando a dar ensinamentos.

Leigo: pessoa que estuda e pratica o budismo, porém, sem ter tomado a ordenação de monge ou monja.

Mala: chamado também de japamala, é um rosário utilizado para contar preces ou mantras. Normalmente o mala tradicional possui 108 contas, mas podemos encontrá-lo com 27 e 56 contas. Posteriormente farei um artigo explicando como utilizá-lo corretamente e o porquê das 108 contas.

Mandala: em sânscrito significa círculo ou “aquilo que circunda um centro”. É uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o universo. Também conhecida como círculo mágico ou de concentração de energia, é o símbolo da integração e da harmonia. Para o budismo, a mandala é um tipo de diagrama que simboliza uma mansão sagrada, o palácio meditacional, representando todas as qualidades iluminadas.  Cada mandala está associada a um Buda. Normalmente elas são pintadas como thangkas e representadas tridimensionalmente em madeira ou metal ou construídas com areia colorida sobre uma plataforma. Quando feita com areia, logo após algumas cerimônias, a areia é jogada em um rio, para que as bênçãos se espalhem. Desfazer a mandala serve também como exemplo de impermanência.

Mantra: esta palavra é formada por outras duas em sânscrito: Man, que significa mente e Tra, que significa proteger. Ou seja, significa literalmente “proteger a mente”.  O mantra é uma vibração sonora que, quando emitido corretamente, auxilia a desenvolver concentração e a entrar no estado de meditação. Ele sempre está relacionado com uma determinada qualidade que podemos desenvolver, como a compaixão, proteção, cura, amor, sabedoria entre outros. O mantra budista OM MANI PEME HUM, o da compaixão ilimitada, é um dos mais conhecidos.

Meditação: significa “familiarizar-se com os aspectos positivos e virtuosos da mente”. É uma técnica de treinamento da mente que nos faz enxergar o mundo de forma mais clara, ampla e auxilia a tornar a mente compassiva. A prática da meditação traz diversos benefícios como calma, serenidade, aumento da concentração e da felicidade.

Monge ou Monja: a palavra monge vem de “monos” que significa “sozinho”.  Estritamente falando, a palavra “monge” não existe no budismo. Ela é normalmente utilizada para indicar um Bhikshu, alguém que recebeu uma ordenação completa — isto é, tomou todo o conjunto de mais de duzentos votos e dedica o seu tempo principalmente à vida espiritual.

Mudra (selo): são as posições das mãos realizadas em muitas práticas budistas e de outras religiões que influenciam a energia do corpo físico, emocional e espiritual e que direcionam nossa energia interna.

Mahayana (O Grande Veículo): Ao longo do tempo da história do budismo, duas principais correntes de pensamento surgiram: Mahayana e Theravada (ou Hinayana).  O budismo mahayana espalhou-se pelo China, Coreia, Japão, o Tibete, Ásia Central, Vietnã, e de Taiwan, enquanto o theravada (veículo menor) difundiu-se por Burma, Sri Lanka, Tailândia, etc. Para o budismo do “grande veículo”, todos os seres sofrem neste mundo de nascimento e morte e que todos, sem qualquer discriminação, podem ser conduzidos à Iluminação.

Nirvana (a perfeita tranquilidade): esta palavra significa literalmente “apagar, extinguir”. Este é o estado onde se extinguem por completo todas as paixões mundanas, degradações, insatisfações, é algo fora do sofrimento. Os que alcançam esse estado são chamados de Budas. No nirvana todo o carma já foi esgotado e é o fim dos renascimentos no samsara.

Paramita (passar para a outra margem): é quando se alcança a Terra de Buda por meio da prática de várias disciplinas budistas. Para se transpor este mundo de nascimento, morte e atingir o mundo da Iluminação, é comumente usada a prática dessas seis disciplinas: caridade, moralidade, paciência, diligência, concentração e julgamento correto (ou sabedoria).

Parinirvana: é o último nirvana ou o nirvana completo que é alcançado quando se morre.

Prajna (sabedoria): é um dos seis paramitas. É a função mental que nos torna capazes a compreender sem erros na vida e a diferenciar entre o que é verdadeiro ou não. Quem adquire perfeitamente este prajna é chamado de Buda. É a mais apurada e iluminada sabedoria.

Puja: em sânscrito significa reverência, honra adoração ou culto. Puja é um ritual de preces no qual podem ou não ser feitas oferendas. É uma forma de oferecer símbolos de gratidão a Buda, ao Dharma, ou Sangha. Os pujas são realizados em templos ou em casa como práticas frequentes, e principalmente nos dias de Uposatha.

Refúgio: significa proteção e é o primeiro passo formal para entrar no caminho budista. No voto de refúgio você se compromete em seguir o exemplo do Buda, fazer a prática que leva ao resultado (ser um buda) e estudar/aplicar o dharma (ensinamentos do Buda) e participar da comunidade de praticantes (a sangha), ou seja, toma-se refúgio ou proteção nas três joias.

Rinpoche: significa “precioso” em tibetano. É um título dado aos Lamas que são reconhecidos como lamas reencarnados, que possuem grandes realizações espirituais. É a maneira de se dirigir a um Lama respeitosamente.

Samsara: é a perpétua repetição do nascimento e morte, desde o passado até o presente e o futuro ao qual os seres sencientes estão presos. É caracterizada pelo contínuo estado de sofrimento e insatisfação.  Só se consegue escapar dessa roda por meio da perfeita sabedoria, ou seja, da Iluminação.

Sangha: é uma das Três Joias do budismo. Consiste na comunidade espiritual composta pelos mestres, monges, monjas, e leigos que seguem os ensinamentos de Buddha (Buda). Inicialmente, a sangha era composta apenas por monges e freiras desabrigados. Porém, com o movimento mahayanista, todos aqueles que almejam o estado de Bodhisattva passaram a ser aceitos.

Sunyata (a não substancialidade): este conceito, um dos pontos fundamentais do budismo, significa que nada tem substância ou é permanente: tudo é desprovido de qualquer tipo de substância essencial e, por isso, tudo na realidade é “vazio”. Este termo é conhecido também como vacuidade. O Budismo afirma que uma coisa não pode existir inerentemente por si própria, ou seja, não há nenhum puro elemento permanente, como base para a existência de algo: as coisas existem por causa da sua interdependência umas das outras. Por ser um tema bastante complexo e de difícil compreensão, dedicarei um artigo específico para falar sobre a vacuidade.

Sutra (escrituras sagradas): são os tratados onde estão registrados os ensinamentos de Buda. É uma das partes do Tripitaka.

Tantra: significa “continuidade”. São textos dos ensinamentos budistas sobre as práticas do mantra secreto, proporcionando um caminho rápido para a Iluminação. Foram transmitidos de mestre para discípulo e apresentam uma ênfase em ritual, mantras e visualizações. Tantra é colocar o resultado na ação, transformar os fluxos de energia natural do nosso corpo, nos permitindo maximizar a energia que cura profundamente nosso corpo e mente.

Tashi Delek: cumprimento tibetano que significa “que tudo seja auspicioso”.

Terra Pura: também conhecida como reino puro. É a terra dos Buddhas (Budas), um ambiente puro no qual não existe sofrimento e a Iluminação é assegurada.

Thangkas: são pinturas religiosas que tiveram sua origem no Tibete no século VIII, pintadas em tecido de algodão com tintas a base de água coradas com pigmentos orgânicos e minerais fixados com goma. Para os budistas tibetanos estas pinturas religiosas oferecem uma bela manifestação do divino, sendo visualmente e mentalmente estimulante.

Theravada (ou Hinayana – os patriarcas anciãos): Thera significa anciãos. Esta escola é a dos mais velhos que, historicamente, foi um grupo de monges conservadores que seguiam os preceitos de modo leal e opunham-se a outro grupo de monges mais liberais, cujas ideias formaram o pensamento mahayana. Mahadeva, um monge progressista, insistiu sobre a livre interpretação dos sutras, o que provocou a cisão entre Theravada e Mahasamghika, que posteriormente constituiu o budismo mahayana.

Três Joias: são os objetos de refúgio de um budista – Buddha (Buda) como o mestre, Dharma como os ensinamentos e práticas e Sangha como a comunidade de praticantes.

Tripitaka (os três vasos): os três ramos das escrituras budistas (Dharma) constituem a tripitaka que são: sutras – que contém os ensinamentos de Buda; Vinayas – que contém as suas disciplinas; e Abhidharmas – que encerram vários comentários e ensaios sobre os preceitos e doutrinas budistas.

Tulku: é uma palavra tibetana que se refere à reencarnação reconhecida de um Lama que renasceu intencionalmente para beneficiar todos os seres.

Uposatha: significa “entrar para ficar”. Nesses dias, que são definidos de acordo com base no calendário lunar, os leigos usam roupas especiais (geralmente túnicas brancas) e entram nos mosteiros locais, acompanhando os monges no canto e na meditação. Com isso, os leigos podem observar outros preceitos morais, adquirindo dessa forma um mérito adicional e reforça sua prática do Dharma, seu comprometimento com o Budha e a relação com os monges.

Vajra: é uma palavra sânscrita que significa tanto “diamante” quanto “relâmpago”. É a natureza imutável do corpo, da fala e da mente. Como objeto ritual, atribui-se ao Vajra a representação da firmeza do espírito e força espiritual. Em seu centro existe uma esfera que representa a natureza primordial do universo, o vazio potencial (Sunyata). A partir dessa esfera inicial surgem, para ambos os lados, pétalas de lótus e das pétalas surgem lâminas. Para um lado, representa a iluminação (Nirvana) e, na outra direção, representa o mundo fenomênico (Samsara). Simbolicamente representa a espiritualidade e a prática.

Vajrayana: em  sânscrito e significa “veículo de diamante”. É o caminho espiritual daqueles que seguem a abordagem mahayana.

 Vinaya: é o código de disciplina para o auto treinamento deixado por Buddha para os monges e monjas. O Vinaya tem sua função central no sentido de assegurar a pureza do modo religioso de viver. Serve como antídoto para o desejo. Estes ensinamentos discutem a disciplina e a conduta ética no contexto monástico.

 Votos: é uma determinação virtuosa de abandonar determinadas falhas que consiste em um conjunto de práticas de disciplina moral que são seguidos e mantidos pelo praticante. Existem os votos monásticos, chamados de Vinaya, e os votos leigos que são “não roubar”, “não mentir”, “não matar”, “não se intoxicar”, “não ter má conduta sexual”.

Assim como tudo na vida, esse texto também é impermanente. Como o vocabulário é vasto, novos verbetes serão inseridos assim que se fizer necessário, mas não se preocupem: conforme as mudanças forem feitas aqui e as palavras surgirem nos textos, deixarei um link entre os dois para facilitar a leitura.

 

Tashi Delek!

 

 

[1] Self: Arquétipo da ordem e totalidade, abrangendo o consciente e o inconsciente, e que embora polares, não representam opostos, mas sim uma relação de complementaridade, tendo o self como mediador e gestor dos recursos e conteúdos do individuo. Segundo Jung, toda personalidade é formada a partir de um centro que é responsável por seu desenvolvimento, ou seja, o self não é apenas o ponto central, mas abarca a totalidade. Assim, o self, através dos acessos e ativações dos arquétipos, motiva a formação e desenvolvimento do ego. (Fonte: JUNG, Carl Gustav. Tipos psicológicos. Petrópolis: Vozes, 2009)

 

Artigo por Ana Caroline Nonato. 

O Budismo e a vida de Buda

O Budismo é uma religião/filosofia repleta de ensinamentos e termos específicos. Para a compreendermos é necessário que tenhamos conhecimento prévio sobre eles. Entretanto, antes de entramos no tema de modo mais específico, que trarei nos próximos textos, é necessária a compreensão do por que para uns o budismo é religião e para outros uma filosofia, e conhecer a vida do atual Buda histórico, o Sakyamuni (Śākyamuni ou Shajyamuni).

Há quem procure enfatizar e apresentar um enfoque não religioso do budismo com o objetivo de desvinculá-lo da noção de religião. O budismo tem como características importantes promover a análise crítica de suas próprias doutrinas, buscando a demonstração empírica e conclusão racional. Porém, ele está permeado por noções e elementos que são fortemente considerados religiosos, como reencarnação e fé. Por não ser teísta, diferente de todas as demais religiões, o budismo não é considerado uma religião por alguns e sim uma filosofia.

A palavra filosofia é formada por duas palavras gregas filo, que significa amor e sofia, que significa sabedoria. Deste modo, podemos dizer que filosofia é amor à sabedoria ou amor e sabedoria, sendo que ambos os significados descrevem o budismo perfeitamente, pois ele nos ensina a maneira como podemos desenvolver o potencial de nossa mente para que possamos alcançar o entendimento da realidade com clareza, mas também prega o desenvolvimento do amor e da bondade por todos os seres.

Entretanto, se olharmos de modo mais profundo, é desnecessária essa definição se é religião ou filosofia, uma vez que o budismo se nomeia como “Dharma de Buda”, ou seja, o ensinamento daquele que vê a realidade como ela é.

Agora vamos conhecer mais sobre o atual Buda histórico, o Sakyamuni. Porque Buda histórico? Primeiro ponto fundamental é saber que Buda não é um nome e sim um título que significa “aquele que sabe a verdade”. Refere-se a alguém que tenha alcançado a iluminação ou despertado por conta própria, ou seja, alcançou o nirvana, um nível superior de entendimento e deste modo não passará mais pelo ciclo dos nascimentos e mortes (samsara). Desta forma, ao longo da história do budismo houve diversos budas, antes de Buda Sakyamuni e haverá outros no futuro. Sua importância histórica deve-se ao fato dele ter sido o fundador do budismo. Ele é tido como a personificação da grande compaixão.

Os budistas acreditam que o próximo Buda será Maitreya (do sânscrito maitri, “amistosidade”) que será o responsável por renovar o atual ciclo iniciado por Sakyamuni. Estes ciclos se renovam quando os ensinamentos do Buda são esquecidos neste mundo. Maitreya está associada ao início de uma nova era onde o mundo será transformado em um paraíso.

Voltemos ao Buda Sakyamuni. Na encosta sul do Himalaia, ao longo do rio Rohini, havia uma tribo chamada de Sakya, governada pelo Rei Shuddhodana Gautama. Durante 20 anos o rei e sua esposa, Maya não tiveram filhos. Entretanto, em uma noite a rainha ficou grávida após sonhar com um elefante branco que entrou em seu ventre pela axila direita. O rei e o povo ficaram muito felizes com a notícia e esperaram ansiosamente o nascimento do príncipe. Conforme a tradição daquela época, a rainha voltou à casa paterna para dar a luz, porém, no meio do caminho ela parou para repousar em um lindo jardim. Maravilhada com as flores de Asoka, a rainha estendeu o braço direito para apanhar um ramo quando de repente deu à luz ao príncipe. Céu e terra se regozijaram com o nascimento. Era dia 8 de abril, 560 aC.

Sentindo uma profunda alegria, o rei chamou seu filho de Siddartha, que significa “todos os desejos cumpridos”.  Pouco tempo após o nascimento de Siddartha, a rainha Maya faleceu repentinamente, tomando de profunda tristeza o rei e todo o reino. O príncipe foi criado por Mahaprajapati, irmã mais nova da rainha.

Certo dia, um ermitão chamado Asita dirigiu-se até o palácio após ver um brilho ao redor do castelo, o que julgou ser um bom presságio. Ao conhecer o príncipe, o ermitão disse que caso o príncipe permanecesse no palácio após a juventude, ele se tornaria um grande rei e governaria todo o mundo. Porém, se ele abandonasse a vida palaciana e abraçasse a vida religiosa, seria um Buda, o salvador do mundo.

A princípio o rei ficou feliz com a profecia, porém, com o tempo passou a temer que seu único filho se tornasse um monge. Ao notar que o príncipe possuía pensamentos profundos sobre a existência, o rei tentou por todos os meios divertir seu filho e fazer com que seus pensamentos fossem para outras direções.

Ao completar 19 anos o rei arranjou um casamento para Siddartha com a princesa Yashodhara, sua prima, filha do irmão da falecida rainha Maya. Durante dez anos a vida do príncipe foi repleta de prazeres, música, festas, porém, sua mente continuava a questionar sobre o verdadeiro significado da vida humana.

Os pensamentos continuaram a atormentar a mente do príncipe até o nascimento de seu único filho, Rahula. Este acontecimento fez com que Siddartha abandonasse o castelo acompanhado de seu único criado atrás das respostas para sua inquietude mental.

Durante sua caminhada, muitos demônios o tentaram a retornar ao castelo, porém Siddartha soube silenciá-los, pois sabia que nada mundano jamais traria satisfação. Assim, raspou a cabeça e tornou-se um monge mendicante.

Primeiramente, Siddartha visitou três eremitas para aprender sobre práticas ascéticas e meditação. Porém, depois de praticar os ensinamentos com estes eremitas, convenceu-se que eles não poderiam conduzi-lo à iluminação. Decidiu praticar ascetismo de modo severo na floresta de Uruvela por seis anos. Durante este período, Siddartha teve cinco companheiros que o abandonaram assim que o príncipe aceitou uma xícara de leite após concluir que não havia conseguido atingir seus objetivos mesmo após as práticas. Estes companheiros viram esse ato como algo inaceitável e julgaram-no como degenerado, deixando-o à própria sorte.

Sozinho, o príncipe mesmo bastante debilitado decidiu realizar um novo período de meditação. Foi uma luta intensa! Sua mente confusa abrigou diversos pensamentos desesperados, o assédio dos demônios era intenso! Porém, de modo muito paciente e cuidadoso, Siddartha superou-os. Esta batalha foi tão intensa que Siddartha foi ao chão fraco, desnutrido e quase sem vida. Neste momento a estrela d’alva desapontou no oriente e mostrou que a luta do príncipe havia terminado. Sua mente ficou tão clara quanto o sol e ele finalmente encontrou o caminho da iluminação. Era dia 8 de dezembro e Siddartha estava com 35 anos. A partir desse momento, o príncipe passou a ser conhecido como Buda, o perfeitamente iluminado; por Sakyamuni, o sábio do clã Sakya ou por outros como o sábio do mundo.

Os primeiros discípulos do Buda Sakyamuni foram os cinco monges que o abandonaram após os seis anos na floresta. A princípio eles o evitaram, porém, após conversarem puderam ter certeza que se tratava de um Buda e passaram a segui-lo. Com o passar do tempo muitos se tornaram seguidores e fiéis, até mesmo seu pai, o rei Shuddhodana, que se tornou seu mais fiel discípulo.

Durante 45 anos Buda percorreu o país disseminando seus ensinamentos. Aos oitenta anos de idade, Buda ficou muito doente e previu sua morte dentro de três meses. Mesmo doente, bastante fraco e sofrendo, ele prosseguiu viagem até chegar à floresta de Kusinagara, onde continuou a ministrar seus ensinamentos de modo dedicado até seu último momento. Tranquilo por cumprir sua missão, o mais amável dos homens adentrou o almejado Nirvana.

O corpo de Siddartha foi cremado em Kusinagara por seus amigos seguindo a orientação de seu discípulo favorito, Ananda. As cinzas foram repartidas entre oito países.

Buda deixou 84 mil ensinamentos, sendo que cada um deles se refere a uma doença causada pelos três principais venenos da mente: ignorância, apego e raiva. Para o budismo, todos os seres tem natureza iluminada, porém, não conseguimos percebê-la devido os obscurecimentos mentais decorrentes dos sofrimentos provocados por estes venenos, pela mente não controlada e por ações ruins.

Que nossas mentes sejam livres dos venenos e que nossas ações sejam corretas!

 

Tashi Delek! (Cumprimento tibetano que significa “que tudo seja auspicioso”).

Artigo por Ana Caroline Nonato. 

Reiki e o Voluntariado

Reiki e o VoluntariadoRecebo muitas mensagens de reikianos interessados em atuar como voluntários. Por este motivo resolvi escrever este pequeno artigo a este respeito.

Pessoalmente, alguns anos atrás, estive em busca de locais para oferecer reiki voluntário, junto com outra amiga também mestre de reiki. Moramos em São Paulo, e acabamos não achando um local “para reiki voluntário”.

Como nossa vontade era a de atuar com crianças, que irão se beneficiar imensamente desta energia maravilhosa, optamos por utilizar o reiki de outra forma. Começamos a participar de voluntariados em orfanatos e hospitais. Eram lugares de reiki? Não. As pessoas sabiam que estávamos utilizando o reiki? Não necessariamente. As crianças receberam a energia reiki? Certamente.

Eu vejo o Reiki como muito mais que a “sessão”. Ele é uma forma de sentir, e principalmente de amar. A energia reiki está conosco sempre. Você leva esta energia com você em cada ambiente que entra.

Assim, energize os ambientes que você entrar. Mentalize os símbolos enquanto você brinca com crianças. Transmita a energia ao abraçar um amigo. Se o reiki pode ser transmitido à longas distâncias, imagine para a pessoa que está tão próxima?

Se você ainda não encontrou o seu local de voluntariado de reiki ideal, comece por sua família. Ofereça sessões para seus pais, seus irmãos, filhos, sobrinhos… Já vi núcleos familiares que passaram por incríveis transformações através do reiki. Faço com frequência sessões de reiki em pessoas da minha família.

Aplique reiki em seus amigos, o reiki atuará de formas surpreendentes. Pode ser em um passeio, em uma visita, que seja um momento de apreciação! Já apliquei reiki no Jardim Botânico de São Paulo, um lugar lindo e público.

Seus caminhos se abrirão, a doação é uma benção para a alma. Tudo retornará multiplicado, se feito com coração.

Meu conselho para quem deseja ser um voluntário no reiki é começar. Use a energia, conheça-a, compartilhe! E não espere ser mestre para aplicar. Todo reikiano tem esta capacidade. Quanto mais você aplicar, maior será a sua conexão com a energia reiki. Vamos começar?

Aqui deixo alguns links que podem interessar:

Grupo de Voluntariado em orfanatos e hospitais em São Paulo: Associação Grupo Sol

Grupo de interessados em voluntariado de Reiki em São Paulo: Rede Social Reikianos

 

Papai Noel dos Correios 2012

Todos os anos gosto de divulgar a campanha Papai Noel dos Correios. Para quem ainda não conhece, a proposta é simples: Responder às crianças que escrevem ao Papai Noel por meio do envio da carta-resposta e atender, dentro do possível, aos pedidos de presentes de natal das crianças em situação de vulnerabilidade social.

Assim, todo final de ano,os correios disponibilizam estas cartas para voluntários, ou padrinhos, que podem ler, e atender aos pedidos. Acredito que além dos presentes, a iniciativa acende a esperança nas crianças de que, sim, milagres acontecem, e uma carta endereçada ao “Papai Noel” pode ser atendida.

Mais sobre o Projeto

O Papai Noel dos Correios nasceu de forma espontânea, entre os empregados que começaram a adotar voluntariamente as cartas. Depois de alguns anos, a empresa incorporou essa iniciativa as suas ações de Responsabilidade Social. Em 2012, o Papai Noel dos Correios completará 23 anos de existência. Desde 1997, a campanha é realizada em todos os Estados brasileiros.

Milhões de cartas endereçadas ao Papai Noel chegam de todas as partes do País. São crianças, jovens e até adultos que expressam seus sonhos por meio da escrita. É neste instante que, há 23 anos, a fábrica de realizar sonhos do Papai Noel dos Correios inicia seu trabalho, que só termina com o sorriso da criança que vê sua a carta respondida e/ou seu pedido atendido. Essa fábrica de solidariedade funciona graças a sua ajuda. Existem duas formas de apoiar: ler e selecionar as cartas enviadas ao Papai Noel e/ou adotar as cartas selecionadas.

Seja um Padrinho

Para ser um padrinho, basta ir a um ponto de leitura do correio, e escolher uma carta. São emocionantes, e os pedidos são diversos, desta forma você certamente pode encontrar um pedido que esteja de acordo com a sua possibilidade de doação no momento. Escolha o local mais próximo: Ver lista de pontos de adoção e leitura de cartas. Para escolher, use seu coração.

– Escolha as cartas que irá adotar;
– No ato da retirada da carta, deverão ser informados nome e telefone de contato;
– Os presentes deverão corresponder aos pedidos formulados nas cartas;
– Não há limite de cartas por padrinho, mas lembre-se de que você é responsável pelas cartas que pegar para adotar. Uma desistência impede que a carta seja adotada por outro padrinho.

Período de Adoção

As cartas podem ser adotadas até 14/12/2012, mas este também é o último dia para a entrega dos presentes, assim é recomendado ir antes, para dar tempo de comprar o presente escolhido.

Saiba Mais

Visite o Site Oficial do Papai Noel nos Correios 2012.

Curta a Página da Campanha no Facebook.

 

 

Seja Leve

Uma das lições que o Reiki trouxe para minha vida foi o resgate da leveza. Hoje muito se fala de força, coragem e perseverança, de ir em busca de nossos objetivos e acreditar. Todos estes sentimentos são importantes para nossas missões na vida, mas é preciso lembrar, sempre, que não é a conquista de objetivos que fazem a nossa vida melhor e sim, a alegria com que vivemos nossos momentos, todos os dias.

A leveza é nossa amiga quando aprendemos que ela não significa fraqueza.

Ser leve é não permitir que o seu “futuro” te impeça de aproveitar seu presente. É esvaziar a mente de tantas “pre”ocupações, e aproveitar o que acontece hoje. É olhar para as paisagens quando anda, notar as pessoas que passam por você, ouvir os sons, sentir os aromas.

Ser leve é ter amigos, e compartilhar suas alegrias com eles. É saber lidar com as pessoas no dia a dia sem tantos atritos. É saber ouvir, sem reagir. É optar por ser a pessoa gentil no trânsito ao invés da ofendida.

Ser leve é fazer pausas. É amar-se profundamente. É desligar seu celular, sua TV e mesmo assim sentir-se em paz. É sorrir e gargalhar. É abraçar. É doar. É ser a brisa que traz alegria aos ambientes.

Ser leve é acreditar que, afinal, a sua vida é bela.

Então siga em busca dos seus sonhos. Mas siga sorrindo.

Tempo Para Ajudar

Logo_TempoparaAjudar_ascensaoespiritualCompartilho hoje uma história de aceitação, coragem e amor. Acredito que toda história bonita deve ser compartilhada. Esta é a história real de um casal, que transformou uma adversidade em uma jornada de auto-conhecimento e doação:

“Sempre soubemos que partilhávamos da mesma paixão por viagens e pelo desconhecido. Temos objetivos comuns: conhecer o mundo e construir uma família. Decidimos que nossa prioridade seria a família. Queremos ter filhos e tentamos ao máximo. Foram quatro anos de muita esperança e frustrações. Fizemos de tudo, inúmeros exames e tratamentos e investimos todo o tempo e dinheiro que nos era possível, mas o destino fez com que perdêssemos todas as vezes que começaram certo. Então, enquanto ainda não realizamos este sonho, decidimos abraçar nosso outro objetivo: chegou a hora de viajar pelo mundo. Mas não apenas para conhecer novos lugares, também para cuidarmos de crianças que não tiveram a oportunidade de ter uma família. Quem sabe encontraremos algumas respostas?

– Mila e Danilo

Mila e Danilo decidiram tirar um período sabático. Serão 7 meses de viagem, começando pelo Caminho de Santiago, incluindo ações de voluntariado e visitas a lugares históricos, sagrados ou que permitam muito contato com a natureza – ou nas palavras deles: que nos dessem tempo para Refletir, Aprender, Mudar e Ajudar. Toda esta história, que inicia hoje, 12 de Julho de 2012, será contada em um blog, chamado Tempo para Ajudar. Tenho um carinho especial por esta jornada por tratar-se de um capítulo da história de minha irmã, Mila – também Mestre de Reiki e uma pessoa que amo muito – e meu cunhado Danilo – também uma pessoa muito querida. O exemplo deles tem inspirado e emocionado todos que tomam conhecimento, pela transparência em dividir seus obstáculos e a coragem de seguir em frente. Aproveito para refletir sobre os principais valores desta jornada, para lembrarmos de que são valores que servem para nossas vidas.

Aceitação

Aceitar os desígnios da vida exige um ato de fé. Não falo dos pequenos tropeços, ou de aborrecimentos cotidianos, que nada mais são que ciscos em nossa jornada espiritual. Falo dos grandes obstáculos: o diagnóstico de uma doença, o adeus de uma pessoa querida, um grande desejo ainda não realizado, ou mesmo um grande revés financeiro. Quando é o momento de insistir, e quando é o momento da aceitar? A aceitação não deve ser confundida com conformismo. A aceitação é o reconhecimento de que fizemos tudo ao nosso alcance, e que agora precisamos entregar a Deus e confiar que existe um motivo por trás de tudo que passamos. Por vezes passam-se anos até que seja tirada uma lição de um acontecimento, por vezes estes motivos permanecem uma incógnita. Mas devemos acreditar que, mesmo que escondido atrás das nuvens, o Sol existe, e na hora certa aparecerá para iluminar nosso caminho.

Coragem

É preciso ter coragem para agir. O pensamento é importante para clarear a mente, a meditação e a introspecção são um canal para nos conectarmos com nosso coração, mas no momento certo a ação é fundamental. Abrir mão da estabilidade e rentabilidade de dois empregos ao mesmo tempo, única fonte de renda do casal, exigiu certamente uma grande dose de coragem. Mas a coragem não é necessária somente para as grandes ações. Ela deve ser nossa companheira também em nossas decisões e ações cotidianas. Coragem para abrir-se para os outros, coragem para pedir desculpas, coragem para amar. Às vezes é preciso coragem para acreditar naquele sonho antigo. Outras vezes é preciso coragem para dizer não. O medo paralisa. A coragem e a ação fundamentada nos libertam. Comece acrescentando pequena pitadas de coragem na sua vida. Você irá surpreender-se com os resultados.

Amor

O amor é sempre o mais importante. Toda jornada, sejam 7 meses, seja a nossa vida toda, nada mais é do que uma sucessão de segundos, minutos e momentos. É preciso buscar o amor em nossas vidas, não apenas nas grandes realizações, mas em nosso dia a dia. Todo momento é abençoado, toda vida tem beleza quando temos amor em nossos corações. O amor transforma, liberta e preenche. O amor da doação é um dos mais transformadores. Sempre que puder, doe. Seja o seu amor, sua atenção, ou um sorriso. Você receberá de volta multiplicado.

Como palavras finais desejo a este corajoso casal muita luz em seus caminhos, respostas para suas dúvidas e amor em seus corações.

Quem quiser acompanhar a jornada visite o blog: www.tempoparaajudar.com.br

ATUALIZAÇÃO: 

Esta linda história teve um final lindo e surpreendente. Conheça aqui: http://tempoparaajudar.com.br/blog/os-misterios-da-vida/

Aplicativo: Insight Timer

Gostaria de indicar um aplicativo de contagem de tempo para celulares que já utilizei e aprovei. Chama-se Insight Timer. Como mencionado, trata-se de um contador de tempo, podendo ser utilizado para fins diversos, como uma meditação* ou mesmo para sua auto-aplicação de Reiki*.

Os diferenciais são os sons de sinos melódicos para as marcações de tempo, e um visual agradável, além de possuir uma versão gratuita. Na versão gratuita, você pode escolher um toque de sino para o início e para o término do tempo desejado. Já na versão paga, é possível ainda definir intervalos regulares, como por exemplo, que soe um sino a cada 5 minutos ou a cada 10 minutos. Os sons dos sinos são claros e agradáveis e você pode escolher uma imagem de fundo para o aplicativo. O aplicativo tem versões para Android, Iphone e Ipad.

 

Nome: Insight Timer

Preço:

– Versão Básica: Grátis

– Versão Completa: $1,99

Plataforma:

– Android: Informações Aqui

– Iphone: Informações Aqui

– Ipad: Informações Aqui

Língua: Inglês (apesar de ser em inglês, é bem intuitivo e fácil de usar, mesmo para quem não domina a língua).

 

 

Como nota final, também existe uma mini rede social dos usuários do Insight Timer, que mostra quantas pessoas estão meditando naquele momento. Eu particularmente utilizo somente como timer, mas vale a pena mencionar caso alguém se interesse.

 

*É recomendável sempre deixar o  seu celular na versão “Avião” ao utilizar para uma meditação ou para sua aplicação de Reiki, de forma que você não fique exposto às vibrações do celular durante o processo.

2012 é o Ano do Dragão

De acordo com o zodíaco chinês, 2012 é o Ano do Dragão. O novo ciclo começa dia 23 de janeiro de 2012, e seu término será no dia 09 de fevereiro de 2013. O dragão é o quinto signo do zodíaco chinês, que é baseado no ciclo lunar de 60 anos e tem cada ano regido por um animal.

Mas afinal o que representa o Dragão pelo horóscopo chinês? Prenuncia um ano intenso, com muitas possibilidades e energia disponível. Saiba mais:

Características do Dragão

Já que estamos falando do signo do dragão, podemos começar com as características das pessoas nascidas neste ano. São passionais, valentes e com forte auto-estima e confiança. São espíritos pioneiros. Costumam ser generosos com seus recursos e assim têm facilidade para atraí-los. São espertos, empreendedores e possuem senso de humor afiado.

Existem 04 tipos de Dragão, cada um representando um elemento: água, fogo, terra e ar.

2012 será um ano do Dragão regido pelo elemento Água. Por ser um elemento de natureza pacificador, haverá um equilíbrio interessante entre a impetuosidade do dragão e a calma do elemento água.

Assim pessoas do Dragão-Água são mais receptivas às opiniões alheias e ao unir força e prudência, teremos líderes natos como resultado. A cor da sorte do Dragão é o amarelo.

Ano do Dragão

O ano do Dragão de Água será um ótimo ano para finalmente colocar em prática todos aqueles projetos tão acalentados e que estão guardados em algum cantinho de nossos corações. Com uma grande dose de energia extra disponível, as grandes realizações terão um impulso a mais. Importante ressaltar que o sucesso só virá com foco, planejamento e com metas muito bem definidas. Nada de tentar pular etapas. Também será um ano favorável para mudanças de todo tipo, pois todo movimento terá também o impulso extra muito bem vindo. O dragão representa os nossos ideais elevados, o entusiasmo e a coragem. É um símbolo poderoso, uma vida pulsante que não aceita barreiras.

Você em 2012

Todas as características citadas acima estarão mais evidentes neste ano, mesmo que você não seja do signo de dragão. São potencialidades, dentre tantas que existem, e o que ocorre é que, em algumas épocas, certas características podem ficar mais aparentes que outras. Como estamos em um ano de crescimento e evolução espiritual acelerado, a força e o impulso do dragão são nada mais do que ferramentas para continuarmos em nosso caminho evolutivo. Todos, no entanto, sempre temos acesso a todas as ferramentas e potencialidades que necessitamos, seja qual for a época. É um trabalho de auto conhecimento, de buscar aquelas que mais nos servirão na fase em que nos encontramos em nossas vida. Caso tenha ficado animado com as características do ano do dragão, é um sinal de que você já sabe quais precisa trabalhar este ano.

 

As Camadas em Nosso Processo Evolutivo

As camadas evolutivasQuanto mais sintonizados com o nosso Eu Interior, mais evidente o fato de que estamos sempre no início de algo, em relação ao nosso processo evolutivo espiritual. Somos seres muito complexos, e cheio de camadas. Camadas estas que podem ser removidas, para deixar à mostra potenciais cada vez mais puros. Isto, é claro, a partir do momento em que optarmos por  seguir adiante em nosso processo de crescimento espiritual.

Quando uma pessoa desconectada do mundo espiritual, inicia uma busca pela espiritualidade, geralmente o faz pela dor. É quando percebe que nada mais está ajudando, e então busca uma solução, um alento, uma melhoria de vida – através da espiritualidade. No entanto, seus objetivos iniciais costumam ser bem tangíveis: Quero resolver este problema, ou quero ganhar isso, ou ainda: se isso não acontecer, não serei feliz. Ao continuar firme no processo, porém, aquelas questões iniciais tornam-se pequenas, e transformam-se em outros objetivos. São então vislumbradas outras questões a serem trabalhadas, mais gerais e mais profundas e que nos colocam no caminho da nossa realização maior, do nosso propósito de vida mais profundo.

O processo não costuma ser linear. São erros, acertos e descobertas. Alguns passos para trás são parte do aprendizado. É o momento de parar, analisar, e continuar em frente. Talvez por outro caminho. Talvez pelo mesmo, mas de forma diferente. E a cada camada removida, encontraremos outra embaixo, mais sutil e que contém novos aprendizados, novos desafios e novos obstáculos. Então o processo nunca acaba? Não, felizmente. Só temos que agradecer por isso. Afinal, cada nova camada é uma oportunidade de crescimento. É uma oportunidade de evolução. É a oportunidade de conhecermos mais e mais o nosso potencial e a nós mesmos.

Pode parecer uma tarefa árdua, mas é um caminho que vale a pena. E aos poucos, no seu ritmo, chegará ao ponto em que verá nos obstáculos um vislumbre de oportunidade, pois seus limites foram ampliados, e sua vida tem um significado muito mais profundo. Todos temos luz interior. Todos somos seres magníficos. Estamos aqui para ser felizes. Estamos aqui para sermos amáveis, amados, e viver em harmonia.

Eu, da mesma forma, estou aqui para aprender, e todo dia é uma oportunidade para isso. Permita-se ter uma vida mais leve. Perdoe-se. Aceite seus erros e aprenda com eles. Que sigamos rumo a uma vida cada vez mais plena.

Papai Noel nos Correios 2011

Papai Noel nos Correios é uma ação de inclusão social realizada pelos correios todo final de ano. A campanha tem como objetivo responder às crianças que escrevem ao Papai Noel e atender, sempre que possível, aos pedidos de presentes de Natal das que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Para participar, basta ir a um local credenciado, escolher uma carta dentre as inúmeras cartinhas escritas com muito amor e esperança, comprar o presente e entregar no mesmo local. Qualquer um pode adotar uma criança e é extremamente gratificante ler os pedidos tão sinceros e muitas vezes, tão singelos, contidos nas cartas. Recomendo a todos adotar ao menos 01 cartinha. A campanha está quase no final. Em São Paulo, por exemplo, a data limite para escolha da carta e entrega dos presentes é até o dia 10 deste mês somente, então se quiser participar esta é a hora.

 

Seja um Padrinho

Disseminar o encantamento natalino só é possível com ajuda das pessoas. Por isso convidamos você a participar da rede de solidariedade do tamanho do Brasil: adote uma cartinha e ajude o Papai Noel a realizar sonhos de crianças em todo o País. Os padrinhos são pessoas, empresas ou entidades interessadas em adotar cartas, ou seja, presentear as crianças com seu pedido de Natal.

 

Como participar

  1. Entre em contato com os Correios do seu Estado (veja os contatos em cada Estado);
  2. Escolha as cartas que irá adotar;
  3. Entregue os presentes no local e data definidos pelos Correios no seu Estado.

Importante: O presente deve estar acondicionado em embalagem bem resistente e ser entregue na data determinada.

 

Diretrizes do Programa

Em 2011, as diretrizes que orientam o Papai Noel dos Correios são:

  1. Responder a 100% das cartas selecionadas;
  2. Vincular a campanha a um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio;
  3. Assegurar que o público participante seja exclusivamente de crianças em condição socioeconômica condizente com a campanha;
  4. Aumentar a efetividade na entrega de presentes, que ficava prejudicada em razão da existência de endereços errados, incompletos ou ilegíveis;
  5. Contribuir para o incentivo à escrita;
  6. Fomentar a solidariedade e a cidadania;
  7. Promover o crescimento social e educacional das crianças.

 

Papai Noel nos Correios 2010

Em 2010, em todo o País, foram recebidos 1.239.084 de cartas destinadas ao Papai Noel dos Correios, das quais 735.967 atendiam aos critérios da campanha. Destas, 566.362 foram adotadas, resultando na entrega de 685.698 presentes pelos Correios.

 

História do Papai Noel nos Correios

  1. O Papai Noel dos Correios nasceu de forma espontânea entre os empregados que começaram a adotar voluntariamente as cartas. Depois de alguns anos, a empresa incorporou a campanha as suas ações de responsabilidade social;
  2. Em 2011, o Papai Noel dos Correios completa 22 anos de existência e desde 1997 é realizado em todos os estados;
  3. A participação no Papai Noel dos Correios pode ser feita de duas formas – sendo um ajudante e/ou sendo um padrinho. Ler e cadastrar cartas é trabalho do ajudante. Comprar o presente pedido pela criança é tarefa do padrinho;
  4. O Papai Noel existe de verdade!!!! Em 2010, ele mandou entregar pelos Correios quase 700 mil presentes às crianças em situação de vulnerabilidade social no Brasil;
  5. O principal objetivo do Papai Noel dos Correios é responder a todas as cartas postadas ao Papai Noel e promover uma rede de solidariedade do tamanho do Brasil para atender aos pedidos;
  6. Desde 2010 as escolas recebem uma atenção especial do Papai Noel dos Correios. Foram estabelecidas parcerias com as secretarias de educação nos estados e municípios para que essas unidades indicassem escolas públicas em que estejam matriculadas crianças em situação de vulnerabilidade social;
  7. A etapa de seleção das crianças que participarão da campanha acontece durante o trabalho de leitura, triagem e cadastramento feito pelos ajudantes do Papai Noel;
  8. Os Correios NÃO entregam cartas para adoção diretamente à população. Tome cuidado, as cartas do Papai Noel dos Correios ficam disponíveis apenas dentro das dependências da empresa;
  9. Os Correios NÃO deixam os padrinhos terem contato com as crianças. O envelope contendo o endereço da criança é separado da carta que será disponibilizada à adoção. É uma forma de proteção e preservação da intimidade da criança;
  10. A maioria das pessoas que apoiam voluntariamente a campanha são empregados dos Correios;
  11. A imprensa é um dos “ajudantes” do Papai Noel, pois contribui para disseminar as formas de participação e o cronograma da campanha;
  12. O Papai Noel dos Correios tem lançamento nacional no dia 11/11/2011 e encerramento no dia 19/12/2011. Os Correios nos Estados poderão ter datas diferentes, por isso clique aqui para se informar sobre os prazos e locais para ser ajudante ou padrinho na sua cidade.

Visite o Site Oficial do Papai Noel nos Correios

Visite a Página Oficial do Papai Noel nos Correios no Facebook