Equilíbrio e Plenitude

Por um movimento admirável, que consagra a filosofia da Ciência, o Ser consciente segue descobrindo o universo que, insofismavelmente, nos remete a Deus.

Dentre todas as tábuas já definidas para o aprendizado humano, a Medicina torna-se senhora de fontes fecundas que muito podem e devem favorecer a consciência planetária, em seu afã de expansão e crescimento.

Todos os seres vetores deságuam em valores que a desafiam, remetendo-a a outros não menos dinâmicos e admiráveis. Sublime cadeia de ascensão e vivência, preparando o Espírito diante do Eterno!

Observamos a força com que a embarcação terrena se move a partir dos motores psíquicos já montados, estruturados, com base nas revelações – filosóficas, científicas e morais. Merece ênfase a sublime harmonia que, digna e fielmente, foi laborada pelo Professor Rivail, o emérito Allan Kardec, num momento ímpar de que participamos, dando louvor à Sabedoria de Deus!

O contributo da Homeopatia ainda será devidamente compreendido e valorizado, porque, após o devaneio materialista que encontra seu ápice em vosso século, sua beleza transcendente e dinamizadora de estados salubres, se patenteará sem as ressalvas e os preconceitos que a impedem florescer e servir com pujança.

A Humanidade entenderá que sem equilíbrio das forças não há plenitude de expressão.

O quadro das expiações e das provas dizem disso. Vencidas as etapas primitivistas e de referenciais elementares sobre a complexidade do Ser encarnado, as ciências depuradas, como hoje se reconhece a própria Física Quântica, assumirão o seu papel no concerto da consciência iluminada.

Considerando-vos amigos dedicados ao Sublime Ideal, convosco nos solidarizamos, reconhecidos ao Senhor que, pelas lições de seu Evangelho – redivivo pelas Vozes do Céu na Seara do Espiritismo -, clama a plenitude do Ser, a benefício de nossa harmonização ideal em todos os níveis.

Deus vos ampare e abençoe!

 

Hahnemann

(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão em reunião pública do Grupo Espírita da Benção, em Mário Campos, MG, no dia 11/02/2006)

 

 

 

 

Mensagem do colaborador | Reflexões de um “Ano Velho”

2016 termina deixando-nos um recado: de que a vida é curta demais para pensarmos em coisas pequenas e de que a vida é curta demais para dizermos que não somos capazes de superar a dor ou as dificuldades que se apresentarem em nossos caminhos.

2016 deixará saudades pelos afetos que conquistamos, sorrisos que evidenciamos, amizades que cultivamos e aprendizados pelos quais passamos.

Saímos para um ano novo cheio de porquês. Cheios, muitas vezes, de dúvidas se aquilo que fizemos, se aquilo que plantamos foi o suficiente para proporcionarmos em nosso caminho traçado as sementes das nossas pegadas. Pois cada marca das pegadas deixadas para trás denota nosso esforço para deixarmos a nossa marca, a nossa assinatura, o nosso carimbo de apresentação daquilo que nos tornamos e daquilo que de melhor tivemos a oferecer nos ambientes pelos quais transitamos diariamente e pessoas com as quais interagimos.

Em 2016 saímos de um respiro puro, de um ar que entrava em nossos pulmões com vontade de insuflar novas energias para superarmos cada barreira e cada trabalho novo e árduo.

Diante de tantos jogos de cintura que tivemos que ter e competências novas a desenvolver para cada desafio em cima de desafio, encerramos um ano quase sem fôlego. Com a necessidade de inflar novamente nossos pulmões com alguma inspiração inusitada. Com a necessidade de refletirmos sobre nossas ações, as que deram certo e as que não deram, e então estabelecer novo propósito para o ano que se inicia.

Talvez novos propósitos como: não vou mais me preocupar com coisas pequenas. Não vou mais brigar pelo que não vale a pena. Não vou mais desistir daquilo que me faz bem. Porque merecemos aquilo que de melhor podemos oferecer a nós mesmos e não aceitaremos nada menos que isso.

Boicotamos demais a nossa felicidade em busca de “pseudo-alegrias” passageiras, enquanto que a felicidade verdadeira está em momentos de paz e interação com gente de bem.

Nos forçamos demais a fazer aquilo que não nos agrega valor e nos sacrificamos demais em prol daquilo que já não nos ensina nada de novo. Mas caímos na mesmice e no comodismo muitas vezes porque estamos sem coragem de arriscar.

Hei! Não vale a pena se estressar. Não vale a pena desistir de ser alegre e feliz quando podemos encontrar essa mesma alegria e felicidade onde quer que a gente vá, bastando olhar ao nosso redor e também olhar para as coisas que acontecem conosco sob outro ponto de vista.

Difícil é muitas vezes olharmos positivamente para um mundo repleto de cobiça, avareza, mesquinhez e sordidez. Mas mais difícil ainda se tornará nossa vida se nos deixarmos influenciar e desmotivar por aquilo que na verdade só vem nos ensinar o quanto somos fortes e capazes de sermos felizes sempre e em qualquer lugar. Pois a felicidade está dentro de nós. Sempre esteve e sempre estará. E isso ninguém poderá mudar.

A felicidade é um estado permanente de espírito. A Felicidade é sabermos que podemos respirar amor das pessoas que nos dão apoio e expirar as tristezas para fora de nós. Porque quem determina o quão triste ficaremos e quem determina por quanto tempo triste estaremos somos apenas nós mesmos. E o nosso sorriso, a nossa alegria e o nosso bem-estar competirá apenas a nós e a mais ninguém instalar em nosso coração.

Que nossos propósitos a partir de agora se tornem ainda mais fortalecidos, que nossa garra e vontade de superar as dificuldades mostrem nosso verdadeiro estado de espírito. Que nossos anseios encontrem a partir de agora muito mais força para fazer da vida algo novo. Que nossas dificuldades se tornem apenas mais um degrau nessa escalada de aprendizado e evolução individual para galgarmos aquilo que realmente valorizamos em nossa vida. E o que valorizamos? Riqueza, status, poder? Não! Nossos valores reais não se podem comprar, pois nossos valores, resguardadas as proporções que representam a cada um, são: Respeito, Admiração, Bem-estar, Paz de espírito, amor, afeto, amizade sincera, confiança, carinho, sabedoria de vida, lealdade, moral, ética, partilha… Transparência. Dentre outras.

Este final de ano não representa apenas o fim de um ciclo, mas acima de tudo representa o início de uma oportunidade para fazermos, por nós mesmos, um novo ciclo muito melhor.

Desejo a todos os leitores e colaboradores do site um ótimo Natal e Ano Novo!

Mensagem de Hahnemann

(Sociedade Espírita de Paris, 13 de março de 1863.  – Médium senhora Costel.)

Minha filha, venho dar um ensino médico aos Espíritas. A astronomia, a filosofia têm aqui eloqüentes intérpretes: a moral conta tanto escritores quanto médiuns; por que a medicina, em seu lado prático e fisiológico, seria negligenciada?  Fui o criador da renovação médica que penetra hoje até nas classes dos sectários da antiga medicina; ligados contra a homeopatia, acharam bom criar-lhe diques inumeráveis, acharam bom de exclamar: “Não irás mais longe!” a jovem medicina, triunfante, venceu todos esses obstáculos; o Espiritismo ser-lhe-á um poderoso auxiliar; graças a ele, ela abandonará a tradição materialista que, há muito tempo, retardou o seu vôo. O estudo médico está inteiramente ligado à procura das causas e dos efeitos espiritualistas; disseca os corpos, e deve também analisar a alma. Deixai, pois, um velho médico justificar os fins e o objetivo da doutrina que propagou, e que vê estranhamente desfigurada nesse mundo pelos nobres, e no alto pelos Espíritos ignorantes que usurpam seu nome. Gostaria que minha palavra escutada tivesse o poder de corrigir os abusos que alteram a homeopatia e a impedem de ser tão útil quanto o deveria.
Se falasse num centro prático, onde os conselhos pudessem ser ouvidos com fruto, levantar-me-ia a contra a negligência de meus colegas terrestres, que desconhecem as leis primordiais do Organon, exagerando as doses, e sobretudo não trazendo à trituração tão importante dos medicamentos os cuidados que indiquei. Muitos esquecem que cem e, freqüentemente, duzentos golpes são absolutamente necessários ao desligamento do princípio médico apropriado a cada uma das plantas ou venenos que formam nosso arsenal curador. Nenhum remédio é indiferente, nenhum medicamento é inofensivo; quando o diagnóstico mal observado o faz dar fora de propósito, ele desenvolve os germes da doença que estava chamado a combater.
Mas deixo-me arrastar pelo meu assunto, e eis-me no pendor de fazer um curso de homeopatia a um auditório que não pode se interessar por essa questão. No entanto, não creio inútil iniciar os Espíritas nos princípios fundamentais da ciência, a fim de premuni-los contra as decepções que sofrem, seja da parte dos homens, seja mesmo da dos Espíritos.
SAMUEL HAHNEMANN.
Nota. – Esta dissertação foi motivada pela presença, na sessão, de um médico homeopata estrangeiro, que desejava ter a opinião de Hahnemann sobre o estado atual da ciência.
Faremos observar que foi dada por intermédio de uma jovem senhora que jamais fez estudos médicos, e à qual, necessariamente, muitos termos especiais são estranhos.

REVISTA ESPÍRITA – JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS – ALLAN KARDEC
ANO 4 – AGOSTO 1863 – Nº. 8

Mensagem da Fraternidade do Sagrado Coração | Sejam pacientes

Queridos irmãos,

Com o passar do tempo avaliamos nossa conduta, e as nossas ações muitas vezes delatam nossos equívocos durante o tempo em que experienciamos tantos viveres e emoções terrenas.

Conforme o tempo passa, ou nos tornamos mais amargos em nossas decisões, ou fazemos das experiências uma forma de nos tornarmos mais tranquilos e serenos ao decidir.

Pedimos que sejam felizes. Pedimos que sejam humildes em suas ações. Pedimos que sejam pacientes e pensem em suas atitudes como uma plataforma para subirem cada vez mais em discernimento e compreensão dos fatos e das amarguras do dia-a-dia. As diferenças são várias no mundo. Nascemos aqui para lidarmos com elas, as diferenças. Não tema em ser diferente. Não tema em ser único. Não tema em viver a vida na plenitude que ela carece.

Muitas pessoas passam a vida tentando agradar aos outros. E no afã desse agrado, anulam-se a si mesmas e esquecem que vieram aqui para viverem por si e para si. O outro, nesse processo, é um complemento ao aprendizado individual, pois sem o outro, o aprendizado não existiria na totalidade, visto que as interações pessoais são fundamentais para o processo de conclusão do aprendizado na Terra.

Viemos aprender a sermos tolerantes, indulgentes, pacientes, compassivos, indolentes (não nos condoermos), caridosos. Viemos aqui para amar a nós mesmos e ao próximo. Mas nesse processo de amar ao próximo, se não tivemos amor para conosco e para com nossos aprendizados, então de nada serviria voltar à Terra tantas e tantas vezes.

Sejamos pacientes com o próximo, pois o próximo carece muitas vezes de entender que, assim como ele, somos seres maravilhosos, únicos e cheios de amor para dar.

Autor: Fraternidade do Sagrado Coração.
Local e Data: São Paulo, 19/12/2016
Canal: Fernando

Bastidores do tratamento homeopático

Para que o psiquismo consciente permita que algo desconhecido adentre no eu profundo, inconsciente, faz-se necessário que este elemento penetrante seja semelhante ao local que irá entrar.

Depois de permitida, pela consciência presente, o elemento semelhante entra no eu profundo (inconsciente), ilumina-o e traz para fora, para a consciência presente, tudo que estiver em ressonância com o mesmo. Ou melhor, os arquivos do passado que a consciência desperta conseguirá renovar, reformar para o bem.

O medicamento homeopático é a entrada de Deus na vida do homem. Ele entra maquiado de enfermidade, mas posteriormente transforma-se em fonte de luz e amor, causando harmonia intima no ser. Pois, se assim não fosse, o ser doente e cheio de conflitos íntimos, não permitiria Sua entrada em seu coração.

O medicamento homeopático é o veículo que transporta Deus para o íntimo do homem. A Homeopatia permite o contato, e o convívio íntimo entre Pai e filho. Estimulando assim o desabrochar do amor no homem.

Para cada medicamento homeopático, em suas origens e potências, existe um técnico divino responsável por acompanhar todo o processo de produção, armazenamento, dispensação e administração pelo paciente. Neste momento específico, o técnico divino, entrará em contato com o guia espiritual (anjo da guarda) do paciente. Estudarão com antecedência toda a história do indivíduo, programando em cálculos estatísticos e matemáticos, como será a ação do medicamento no campo daquele ser.

Lembrando que o medicamento homeopático agirá através de sugestão. Semeando no campo íntimo do ser as sementes do amor e suas infinitas manifestações. Cabe porém ao indivíduo enfermo perceber tais melhoras psíquicas, e utilizando de vontade firme no bem, manter o campo semeado sempre limpo. Não esquecendo que através dos pensamentos edificantes, palavras construtivas e ação caridosa, estará regando, adubando e iluminando tal campo. Proporcionando o crescimento e a produção de incontáveis frutos doces, da semente pequenina, levando o ser a felicidade eterna.

Mas, se desta forma não proceder, retornará as dores e os sofrimentos.

 

 

 

Monteiro Lobato e a Homeopatia

Carta de Monteiro Lobato a Godofredo Rangel, publicada no livro A Barca de Gleyre, p.391, Editora Globo.

FAZENDA, 3 DE MARÇO DE 1917

Rangel,

A HOMEOPATIA!... Eu pensava como você; ou pior ainda, não me dava ao trabalho de pensar coisa nenhuma a respeito. Não acreditava nem descria – não pensava no assunto e pronto. Mas um dia sobreveio o “estalo” e fiquei tonto. O meu Edgarzinho apareceu com uma doença  no nariz. Isso na fazenda. Ele tinha 2 anos. Corro a Taubaté. Consulto os médicos locais. “O melhor é ver um especialista em São Paulo.” Vamos a São Paulo. “ Quem é o baita para narizes?” J.J. da Nova. Vou ao Nova. Examina, cheira, fuça e vem com um grego: “Rinite atrófica. Só pode sarar lá pelos 18, 20 anos – mas vá fazendo umas insuflações com isso” e deu uma droga e um insuflador. Voltamos para Taubaté, muito desapontados. Dezoito anos! Mas minha casa lá era defronte à duma prima. Vou vê-la. Tenho de esperar na sala de visitas um quarto de hora. Em cima da mesa redonda está um livro de capa verde. Abro-o. “Bruckner, O Médico Homeopata”. Institivamente procuro a seção Nariz. Leio conjuntos de sintomas. Um deles coincide com os sintomas da rinite do Edgard. Prescrição: “Mercurius”. Entra a prima. Conto o caso do menino e aquele encontro ali. “Vale alguma coisa isto de homeopatia?”, pergunto, cético. E ela: “Experimente. Não custa.” Quando saí passei pela farmácia. “Tem Mercurius?” Tinha. Comprei 5 tostões. “Almeida Cardoso – Rio”. Levo para casa. Falo à Purezinha. Sem fé nenhuma, dou automaticamente os carocinhos ao Edgard, mais do que mandavam as instruções. Cinco em vez de três. Depois, mais cinco. De noite, mais cinco. No dia seguinte, o milagre: todos os sintomas da rinite haviam desaparecido!… Mas sobreviera uma novidade: purgação nos ouvidos. Cheio de confiança, corro à casa da prima, atrás do livro de capa verde. Procuro “Ouvidos” e leio esta maravilha. “Ás vezes sobrevém purgação no ouvido por abuso de Mercurius, e nesse caso o remédio é Sulphur”. Vou voando à farmácia. Compro Sulphur. Mais 500 réis. Dou Sulphur ao Edgard e pronto – sarou do ouvido! Sarou da rinite, sarou de tudo! Preço da cura: 1.000 réis. Pelo alopatia, em troca de não cura: várias consultas médicas, viagem a São Paulo, drogas insuflantes e aparelho insuflador – e a desesperança.

Que fazer depois disso, Rangel, senão mandar vir um livro de capa verde e uma botica com todas as homeopatias do Almeida Cardoso? Cem mil réis custou-me, e desde então curo tudo. Curo tudo em casa e no pessoal da fazenda. Fiquei com fama de mágico. Vem gente dos sítios vizinhos. “Ouvi dizer que o senhor é um bom doutor que cura” – e curo mesmo.

Chega a vir até do município vizinho atrás dos “carocinhos mágicos”…

Lobato