Notice: A função _load_textdomain_just_in_time foi chamada incorretamente. O carregamento da tradução para o domínio twentyseventeen foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home4/mirela51/ascensaoespiritual.com.br/wp-includes/functions.php on line 6114
Página: 5 – Ascensão Espiritual

Sobre a comunicação com espíritos e seres extrafísicos

Tudo é uma questão de entendimento. Tudo é uma questão de abrir a sua mente para conectar-se com o infinito, e este estará ligado às suas infinitas partes, capazes de conectarem-se entre si e estabelecerem esse elo de comunicação capaz de percorrer distâncias intangíveis e inimagináveis, acessíveis a todos aqueles que estiverem não só abertos, mas sintonizados na mesma frequência de sinal infinitesimal.

Comunicar-se com outras consciências pensantes requer, sobretudo, disciplina para fazer-se ouvir e concentração para conseguir “escutar”. Muitos seres humanos, aqueles que se comunicam com entidades extrafísicas, acreditam que ouvem vozes. Ledo engano. Ninguém ouve vezes da mesma forma que a comunicação humana acontece, a não ser que essa comunicação seja por intermédio de um outro aparelho físico, seja este biológico ou não.

Fato é que a comunicação se dá a nível cerebral, mental. As vozes que se ouvem são ecos na mente humana, que interpreta os sinais transmitidos e recebidos decifrando-os por analogia de ideias, conforme os registros mentais que possui previamente, sejam eles culturais ou sociais (metodologias de ensino), aprendidos pelo organismo receptor da mensagem ao longo da vida. Portanto, o ser humano recebe sinais vibracionais através do pensamento e os interpreta em formato de ideias, conforme sua riqueza de vocabulário e capacidade associativa com as palavras para montar frases, textos e livros que traduzam uma ideia maior.

O ser humano é nada mais que um filtro de ideias, durante o mecanismo de comunicação extrafísica, capaz de interpretá-las como um tradutor. Posto que o tradutor humano não está isento de falhas, poderá pecar em traduções mal entendidas, ou interpretadas, como na brincadeira de telefone sem fio, em que se fala algo ao ouvido do homem e este entende aquilo que lhe parece ser verdade, ou que lhe faz sentido à mente. O princípio é o mesmo.

Veem portanto que todos vocês, seres humanos, são como antenas vivas e capazes de se movimentarem por todo o globo terrestre, sintonizando com faixas de frequências diversas, através dos seus canais vibráteis. São bombardeados a todo instante por ondas vibratórias diversas e transmissores diversos de mensagens, sendo que estão aptos a sintonizarem com aquelAs de caráter mais sutil do que as transmitidas por transmissores de TV, rádio, satélite etc. Basta sintonizar seu canal mental a uma faixa de onda vibrátil emitida por uma ou várias entidades, e estará apto a interpretá-las. Mas cuidado, pois como são várias, a dificuldade está em distingui-las, em individualizá-las. Exige treino e concentração. Muitos há que já o fazem com maestria. Outros, que estão buscando refinamento. E muitos outros, senão a grande maioria, cerca de 98 a 99%, que nem fazem ideia que isso existe.

Dependendo da força do sinal, essas vozes à mente podem ecoar tão fortemente que parecem ter sido sopradas ao ouvido, de tão claras que se apresentam. Mas mais comuns são aquelas entendidas como ideias completas, onde o teor e o tom empregado em sua tradução, chamada canalização, caberá ao médium tradutor. A clareza do sinal quem terminará não é o médium comunicante somente, mas também o ser que se comunica. Portanto, a clareza das ideias estará atrelada à sensibilidade do médium e da força do pensamento da entidade transmissora da mensagem. Sintonia é tudo. E a força mental com que essa sintonia se dará, dependerá de ambas as partes.

Não julguem, portanto, as ideias transmitidas pelos diversos seres extracorpóreos como falsas ou verídicas logo a princípio. Recebam-nas abertamente como forma de treinar seus canais e interpretem-nas como possibilidades críveis. Ao tom empregado a cada uma delas, procurem entender se são dignas de crédito, por sua veracidade ou probabilidade de tornarem-se reais, e se mostrem cautelosos ao empregar versatilidade em suas transmissões. Pois há aqueles seres transmissores de mensagens que estão apenas tentando ser ouvidos, não se importando com as consequências daquilo que transmitem. Outros, ainda, são aqueles seres comunicantes que mostram-se muito cautelosos ao enviar uma mensagem a um médium receptivo, visto se fazerem cientes de que as mensagens transmitidas devem ter caráter retificador, amoroso, caridoso e nunca alarmante a ponto de criar pânico. Pois o intuito da comunicação é trazer paz, harmonia, conhecimento e, sobretudo, colocá-los a par de tudo aquilo que influi no processo evolutivo de seu planeta e dos seres humanos que nele habitam e que estão em contínuo processo de aprendizado.

A todos vocês, portanto, que desejam comunicar-se com seres de outras galáxias, consciências cósmicas, ou ainda com os espíritos presentes em seu dia-a-dia, lembrem-se: cuidado com as comunicações daqueles que querem apenas galhofar de suas aberturas e curiosidades. Ao mesmo tempo, não permitam que o medo os paralisem de treinar os seus canais. Vocês estão aqui para aprender. E o processo de aprendizado começa com a permissão de tentar, arriscar, receber as mensagens que lhes forem transmitidas e, com o crivo da razão, selecioná-las, triá-las, cuidando de transmitir aquelas que agreguem valor ao ser humano. Não se privem que ouvir um irmão necessitado, inclusive um galhofeiro, somente porque ele brinca com a comunicação possibilitada. Não é possível a vocês médiuns preverem muitos desses fatos e identificarem se o espírito comunicante é bom, ruim, brincalhão, ou um indivíduo necessitado de auxílios maiores, a não ser escutando-o e sentindo suas reais intenções, através das ideias transmitidas e das sensações percebidas durante a comunicação. Basta se permitirem ouvir. Pois, ouvindo ou não, eles estarão por aí da mesma maneira, fazendo parte do cotidiano humano. A grande diferença é que uns os ouvirão, enquanto que outros não estarão abertos a ouvir. Isso não significa que não estarão sujeitos às interferências e interações com essas entidades, ou seres, por não ou verem, ouvirem, ou sentirem.

À medida que se permitirem ter essas experiências, elas tornar-se-ão mais contínuas, pois é natural do ser humano ser intuitivo. A prática, no entanto, é o que define o ser humano como mais ou menos sensível. Uns terão mais dessa sensibilidade, que na realidade trata-se de uma percepção maior dos fenômenos, enquanto que outros menos dela terão. O que não significa, porém, que não possuam faculdades psíquicas, ou capacidades de se tornarem médiuns comunicantes. Contudo, basta tornarem-se conscientes de que ser um comunicante traz para si uma grande responsabilidade, pois aqueles que veem (não com os olhos humanos, mas com os olhos da mente), ouvem (com a mente) e sentem (as sensações, por sua vez, podem ser intuitivas, sensitivas ou perceptivas, ou ainda físicas de maior ou menor intensidade) tornar-se-ão responsáveis por tudo aquilo que transmitirem e por suas repercussões e consequências. Por isso, meus irmãos, muita cautela e responsabilidade são fundamentais. Isso não é um desestímulo, pelo contrário, é um alerta mormente.

Autor: Um espírito Intercessor
Local e Data: São Paulo, 04/01/2017
Canal: Fernando

Equilíbrio e Plenitude

Por um movimento admirável, que consagra a filosofia da Ciência, o Ser consciente segue descobrindo o universo que, insofismavelmente, nos remete a Deus.

Dentre todas as tábuas já definidas para o aprendizado humano, a Medicina torna-se senhora de fontes fecundas que muito podem e devem favorecer a consciência planetária, em seu afã de expansão e crescimento.

Todos os seres vetores deságuam em valores que a desafiam, remetendo-a a outros não menos dinâmicos e admiráveis. Sublime cadeia de ascensão e vivência, preparando o Espírito diante do Eterno!

Observamos a força com que a embarcação terrena se move a partir dos motores psíquicos já montados, estruturados, com base nas revelações – filosóficas, científicas e morais. Merece ênfase a sublime harmonia que, digna e fielmente, foi laborada pelo Professor Rivail, o emérito Allan Kardec, num momento ímpar de que participamos, dando louvor à Sabedoria de Deus!

O contributo da Homeopatia ainda será devidamente compreendido e valorizado, porque, após o devaneio materialista que encontra seu ápice em vosso século, sua beleza transcendente e dinamizadora de estados salubres, se patenteará sem as ressalvas e os preconceitos que a impedem florescer e servir com pujança.

A Humanidade entenderá que sem equilíbrio das forças não há plenitude de expressão.

O quadro das expiações e das provas dizem disso. Vencidas as etapas primitivistas e de referenciais elementares sobre a complexidade do Ser encarnado, as ciências depuradas, como hoje se reconhece a própria Física Quântica, assumirão o seu papel no concerto da consciência iluminada.

Considerando-vos amigos dedicados ao Sublime Ideal, convosco nos solidarizamos, reconhecidos ao Senhor que, pelas lições de seu Evangelho – redivivo pelas Vozes do Céu na Seara do Espiritismo -, clama a plenitude do Ser, a benefício de nossa harmonização ideal em todos os níveis.

Deus vos ampare e abençoe!

 

Hahnemann

(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão em reunião pública do Grupo Espírita da Benção, em Mário Campos, MG, no dia 11/02/2006)

 

 

 

 

Mensagem do colaborador | Reflexões de um “Ano Velho”

2016 termina deixando-nos um recado: de que a vida é curta demais para pensarmos em coisas pequenas e de que a vida é curta demais para dizermos que não somos capazes de superar a dor ou as dificuldades que se apresentarem em nossos caminhos.

2016 deixará saudades pelos afetos que conquistamos, sorrisos que evidenciamos, amizades que cultivamos e aprendizados pelos quais passamos.

Saímos para um ano novo cheio de porquês. Cheios, muitas vezes, de dúvidas se aquilo que fizemos, se aquilo que plantamos foi o suficiente para proporcionarmos em nosso caminho traçado as sementes das nossas pegadas. Pois cada marca das pegadas deixadas para trás denota nosso esforço para deixarmos a nossa marca, a nossa assinatura, o nosso carimbo de apresentação daquilo que nos tornamos e daquilo que de melhor tivemos a oferecer nos ambientes pelos quais transitamos diariamente e pessoas com as quais interagimos.

Em 2016 saímos de um respiro puro, de um ar que entrava em nossos pulmões com vontade de insuflar novas energias para superarmos cada barreira e cada trabalho novo e árduo.

Diante de tantos jogos de cintura que tivemos que ter e competências novas a desenvolver para cada desafio em cima de desafio, encerramos um ano quase sem fôlego. Com a necessidade de inflar novamente nossos pulmões com alguma inspiração inusitada. Com a necessidade de refletirmos sobre nossas ações, as que deram certo e as que não deram, e então estabelecer novo propósito para o ano que se inicia.

Talvez novos propósitos como: não vou mais me preocupar com coisas pequenas. Não vou mais brigar pelo que não vale a pena. Não vou mais desistir daquilo que me faz bem. Porque merecemos aquilo que de melhor podemos oferecer a nós mesmos e não aceitaremos nada menos que isso.

Boicotamos demais a nossa felicidade em busca de “pseudo-alegrias” passageiras, enquanto que a felicidade verdadeira está em momentos de paz e interação com gente de bem.

Nos forçamos demais a fazer aquilo que não nos agrega valor e nos sacrificamos demais em prol daquilo que já não nos ensina nada de novo. Mas caímos na mesmice e no comodismo muitas vezes porque estamos sem coragem de arriscar.

Hei! Não vale a pena se estressar. Não vale a pena desistir de ser alegre e feliz quando podemos encontrar essa mesma alegria e felicidade onde quer que a gente vá, bastando olhar ao nosso redor e também olhar para as coisas que acontecem conosco sob outro ponto de vista.

Difícil é muitas vezes olharmos positivamente para um mundo repleto de cobiça, avareza, mesquinhez e sordidez. Mas mais difícil ainda se tornará nossa vida se nos deixarmos influenciar e desmotivar por aquilo que na verdade só vem nos ensinar o quanto somos fortes e capazes de sermos felizes sempre e em qualquer lugar. Pois a felicidade está dentro de nós. Sempre esteve e sempre estará. E isso ninguém poderá mudar.

A felicidade é um estado permanente de espírito. A Felicidade é sabermos que podemos respirar amor das pessoas que nos dão apoio e expirar as tristezas para fora de nós. Porque quem determina o quão triste ficaremos e quem determina por quanto tempo triste estaremos somos apenas nós mesmos. E o nosso sorriso, a nossa alegria e o nosso bem-estar competirá apenas a nós e a mais ninguém instalar em nosso coração.

Que nossos propósitos a partir de agora se tornem ainda mais fortalecidos, que nossa garra e vontade de superar as dificuldades mostrem nosso verdadeiro estado de espírito. Que nossos anseios encontrem a partir de agora muito mais força para fazer da vida algo novo. Que nossas dificuldades se tornem apenas mais um degrau nessa escalada de aprendizado e evolução individual para galgarmos aquilo que realmente valorizamos em nossa vida. E o que valorizamos? Riqueza, status, poder? Não! Nossos valores reais não se podem comprar, pois nossos valores, resguardadas as proporções que representam a cada um, são: Respeito, Admiração, Bem-estar, Paz de espírito, amor, afeto, amizade sincera, confiança, carinho, sabedoria de vida, lealdade, moral, ética, partilha… Transparência. Dentre outras.

Este final de ano não representa apenas o fim de um ciclo, mas acima de tudo representa o início de uma oportunidade para fazermos, por nós mesmos, um novo ciclo muito melhor.

Desejo a todos os leitores e colaboradores do site um ótimo Natal e Ano Novo!

Mensagem de Hahnemann

(Sociedade Espírita de Paris, 13 de março de 1863.  – Médium senhora Costel.)

Minha filha, venho dar um ensino médico aos Espíritas. A astronomia, a filosofia têm aqui eloqüentes intérpretes: a moral conta tanto escritores quanto médiuns; por que a medicina, em seu lado prático e fisiológico, seria negligenciada?  Fui o criador da renovação médica que penetra hoje até nas classes dos sectários da antiga medicina; ligados contra a homeopatia, acharam bom criar-lhe diques inumeráveis, acharam bom de exclamar: “Não irás mais longe!” a jovem medicina, triunfante, venceu todos esses obstáculos; o Espiritismo ser-lhe-á um poderoso auxiliar; graças a ele, ela abandonará a tradição materialista que, há muito tempo, retardou o seu vôo. O estudo médico está inteiramente ligado à procura das causas e dos efeitos espiritualistas; disseca os corpos, e deve também analisar a alma. Deixai, pois, um velho médico justificar os fins e o objetivo da doutrina que propagou, e que vê estranhamente desfigurada nesse mundo pelos nobres, e no alto pelos Espíritos ignorantes que usurpam seu nome. Gostaria que minha palavra escutada tivesse o poder de corrigir os abusos que alteram a homeopatia e a impedem de ser tão útil quanto o deveria.
Se falasse num centro prático, onde os conselhos pudessem ser ouvidos com fruto, levantar-me-ia a contra a negligência de meus colegas terrestres, que desconhecem as leis primordiais do Organon, exagerando as doses, e sobretudo não trazendo à trituração tão importante dos medicamentos os cuidados que indiquei. Muitos esquecem que cem e, freqüentemente, duzentos golpes são absolutamente necessários ao desligamento do princípio médico apropriado a cada uma das plantas ou venenos que formam nosso arsenal curador. Nenhum remédio é indiferente, nenhum medicamento é inofensivo; quando o diagnóstico mal observado o faz dar fora de propósito, ele desenvolve os germes da doença que estava chamado a combater.
Mas deixo-me arrastar pelo meu assunto, e eis-me no pendor de fazer um curso de homeopatia a um auditório que não pode se interessar por essa questão. No entanto, não creio inútil iniciar os Espíritas nos princípios fundamentais da ciência, a fim de premuni-los contra as decepções que sofrem, seja da parte dos homens, seja mesmo da dos Espíritos.
SAMUEL HAHNEMANN.
Nota. – Esta dissertação foi motivada pela presença, na sessão, de um médico homeopata estrangeiro, que desejava ter a opinião de Hahnemann sobre o estado atual da ciência.
Faremos observar que foi dada por intermédio de uma jovem senhora que jamais fez estudos médicos, e à qual, necessariamente, muitos termos especiais são estranhos.

REVISTA ESPÍRITA – JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS – ALLAN KARDEC
ANO 4 – AGOSTO 1863 – Nº. 8

Mensagem da Fraternidade do Sagrado Coração | Sejam pacientes

Queridos irmãos,

Com o passar do tempo avaliamos nossa conduta, e as nossas ações muitas vezes delatam nossos equívocos durante o tempo em que experienciamos tantos viveres e emoções terrenas.

Conforme o tempo passa, ou nos tornamos mais amargos em nossas decisões, ou fazemos das experiências uma forma de nos tornarmos mais tranquilos e serenos ao decidir.

Pedimos que sejam felizes. Pedimos que sejam humildes em suas ações. Pedimos que sejam pacientes e pensem em suas atitudes como uma plataforma para subirem cada vez mais em discernimento e compreensão dos fatos e das amarguras do dia-a-dia. As diferenças são várias no mundo. Nascemos aqui para lidarmos com elas, as diferenças. Não tema em ser diferente. Não tema em ser único. Não tema em viver a vida na plenitude que ela carece.

Muitas pessoas passam a vida tentando agradar aos outros. E no afã desse agrado, anulam-se a si mesmas e esquecem que vieram aqui para viverem por si e para si. O outro, nesse processo, é um complemento ao aprendizado individual, pois sem o outro, o aprendizado não existiria na totalidade, visto que as interações pessoais são fundamentais para o processo de conclusão do aprendizado na Terra.

Viemos aprender a sermos tolerantes, indulgentes, pacientes, compassivos, indolentes (não nos condoermos), caridosos. Viemos aqui para amar a nós mesmos e ao próximo. Mas nesse processo de amar ao próximo, se não tivemos amor para conosco e para com nossos aprendizados, então de nada serviria voltar à Terra tantas e tantas vezes.

Sejamos pacientes com o próximo, pois o próximo carece muitas vezes de entender que, assim como ele, somos seres maravilhosos, únicos e cheios de amor para dar.

Autor: Fraternidade do Sagrado Coração.
Local e Data: São Paulo, 19/12/2016
Canal: Fernando

Bastidores do tratamento homeopático

Para que o psiquismo consciente permita que algo desconhecido adentre no eu profundo, inconsciente, faz-se necessário que este elemento penetrante seja semelhante ao local que irá entrar.

Depois de permitida, pela consciência presente, o elemento semelhante entra no eu profundo (inconsciente), ilumina-o e traz para fora, para a consciência presente, tudo que estiver em ressonância com o mesmo. Ou melhor, os arquivos do passado que a consciência desperta conseguirá renovar, reformar para o bem.

O medicamento homeopático é a entrada de Deus na vida do homem. Ele entra maquiado de enfermidade, mas posteriormente transforma-se em fonte de luz e amor, causando harmonia intima no ser. Pois, se assim não fosse, o ser doente e cheio de conflitos íntimos, não permitiria Sua entrada em seu coração.

O medicamento homeopático é o veículo que transporta Deus para o íntimo do homem. A Homeopatia permite o contato, e o convívio íntimo entre Pai e filho. Estimulando assim o desabrochar do amor no homem.

Para cada medicamento homeopático, em suas origens e potências, existe um técnico divino responsável por acompanhar todo o processo de produção, armazenamento, dispensação e administração pelo paciente. Neste momento específico, o técnico divino, entrará em contato com o guia espiritual (anjo da guarda) do paciente. Estudarão com antecedência toda a história do indivíduo, programando em cálculos estatísticos e matemáticos, como será a ação do medicamento no campo daquele ser.

Lembrando que o medicamento homeopático agirá através de sugestão. Semeando no campo íntimo do ser as sementes do amor e suas infinitas manifestações. Cabe porém ao indivíduo enfermo perceber tais melhoras psíquicas, e utilizando de vontade firme no bem, manter o campo semeado sempre limpo. Não esquecendo que através dos pensamentos edificantes, palavras construtivas e ação caridosa, estará regando, adubando e iluminando tal campo. Proporcionando o crescimento e a produção de incontáveis frutos doces, da semente pequenina, levando o ser a felicidade eterna.

Mas, se desta forma não proceder, retornará as dores e os sofrimentos.

 

 

 

Monteiro Lobato e a Homeopatia

Carta de Monteiro Lobato a Godofredo Rangel, publicada no livro A Barca de Gleyre, p.391, Editora Globo.

FAZENDA, 3 DE MARÇO DE 1917

Rangel,

A HOMEOPATIA!... Eu pensava como você; ou pior ainda, não me dava ao trabalho de pensar coisa nenhuma a respeito. Não acreditava nem descria – não pensava no assunto e pronto. Mas um dia sobreveio o “estalo” e fiquei tonto. O meu Edgarzinho apareceu com uma doença  no nariz. Isso na fazenda. Ele tinha 2 anos. Corro a Taubaté. Consulto os médicos locais. “O melhor é ver um especialista em São Paulo.” Vamos a São Paulo. “ Quem é o baita para narizes?” J.J. da Nova. Vou ao Nova. Examina, cheira, fuça e vem com um grego: “Rinite atrófica. Só pode sarar lá pelos 18, 20 anos – mas vá fazendo umas insuflações com isso” e deu uma droga e um insuflador. Voltamos para Taubaté, muito desapontados. Dezoito anos! Mas minha casa lá era defronte à duma prima. Vou vê-la. Tenho de esperar na sala de visitas um quarto de hora. Em cima da mesa redonda está um livro de capa verde. Abro-o. “Bruckner, O Médico Homeopata”. Institivamente procuro a seção Nariz. Leio conjuntos de sintomas. Um deles coincide com os sintomas da rinite do Edgard. Prescrição: “Mercurius”. Entra a prima. Conto o caso do menino e aquele encontro ali. “Vale alguma coisa isto de homeopatia?”, pergunto, cético. E ela: “Experimente. Não custa.” Quando saí passei pela farmácia. “Tem Mercurius?” Tinha. Comprei 5 tostões. “Almeida Cardoso – Rio”. Levo para casa. Falo à Purezinha. Sem fé nenhuma, dou automaticamente os carocinhos ao Edgard, mais do que mandavam as instruções. Cinco em vez de três. Depois, mais cinco. De noite, mais cinco. No dia seguinte, o milagre: todos os sintomas da rinite haviam desaparecido!… Mas sobreviera uma novidade: purgação nos ouvidos. Cheio de confiança, corro à casa da prima, atrás do livro de capa verde. Procuro “Ouvidos” e leio esta maravilha. “Ás vezes sobrevém purgação no ouvido por abuso de Mercurius, e nesse caso o remédio é Sulphur”. Vou voando à farmácia. Compro Sulphur. Mais 500 réis. Dou Sulphur ao Edgard e pronto – sarou do ouvido! Sarou da rinite, sarou de tudo! Preço da cura: 1.000 réis. Pelo alopatia, em troca de não cura: várias consultas médicas, viagem a São Paulo, drogas insuflantes e aparelho insuflador – e a desesperança.

Que fazer depois disso, Rangel, senão mandar vir um livro de capa verde e uma botica com todas as homeopatias do Almeida Cardoso? Cem mil réis custou-me, e desde então curo tudo. Curo tudo em casa e no pessoal da fazenda. Fiquei com fama de mágico. Vem gente dos sítios vizinhos. “Ouvi dizer que o senhor é um bom doutor que cura” – e curo mesmo.

Chega a vir até do município vizinho atrás dos “carocinhos mágicos”…

Lobato

Como age o medicamento homeopático?

Como age o medicamento homeopático?

Seria possível discorrer sobre o mecanismo de ação do medicamento homeopático nas estruturas profundas do corpo sutil?

Obedecendo a lei da sintonia, os princípios liberados pelas sucussões, se bem receitados pelo terapeuta ao seu paciente, penetram com facilidade a estrutura mais essencial do indivíduo, como infracorpúsculos ou linhas de força do mundo subatômico, que dizem respeito a unidades psíquicas em experimentação, para a reposição de estruturas danificadas ou estímulo a reações determinadas no cosmo organizado de manifestação do ser.

(Emmanuel Responde – Francisco Cândido Xavier, Henrique Rodrigues; Wagner Gomes da Paixão, Honório Onofre de Abreu – Pelo Espírito Emmanuel).

A ciência homeopática é composta de quatro princípios básicos: Lei dos Semelhantes; Experimentação do Homem São; Medicamento Único e Doses Mínimas ou Infinitesimais. Sendo que apenas o último tem sido ao longo dos anos, motivos de inúmeras controvérsias de acordo com visão e análise da ciência convencional – tal como a física e química.

Muito por não conseguirem explicar os resultados sensacionais e naturais dos tratamentos homeopáticos, tentam assim pelo prisma material, desmerecer e combater a terapêutica homeopática – se posicionam como deuses do conhecimento absoluto – como se não existisse nada no universo que não conseguissem explicar – puro orgulho e egoísmo beirando a soberba, como se já possuíssem todas as chaves da natureza.

O medicamento homeopático é de caráter espiritual – em suas diluições seguidas de agitações vigorosas (sucussões), segundo a Constante de Avogrado – 6,022 x 1023 a partir de 12CH, não temos mais nenhum átomo da substância ativa, em questão. Desta forma, para a ciência convencional, a homeopatia não funciona e é um placebo. Tendo em vista sua utilização cada vez mais frequente e ampla em vegetais, animais e ser humano – com resultados extraordinários, não conseguidos e nem alcançados por outras terapêuticas. Sendo assim inexplicado pela ciência convencional. E geralmente tudo que não conhecemos – combatemos e negamos. Por que não estudar e conhecer?

Para conhecermos e revelarmos verdadeiramente o mecanismo de ação dos medicamentos homeopáticos – tal como informado no início do texto – pelo Espírito Emmanuel, faz-se necessário todos os estudiosos em homeopatia respeitarem os 4 princípios básicos desta ciência Divina. E elaborem modelos de pesquisa voltados a energia e espiritualidade do medicamento. Pois o mesmo não é matéria ponderal e não deve ser tratado como tal, sendo incluído e utilizando os meios atuais de pesquisa.

Mudando apenas o foco no objeto de análise – conseguiremos perceber com mais tranquilidade a essência da homeopatia e a tão sonhada comprovação científica – será algo simples de concluir.

A homeopatia em seu caráter Divino e espiritual adentra em nosso corpo sutil ou corpo espiritual através dos princípios da inteligência, que são os componentes ativos e vivos do medicamento homeopático. Agindo em sintonia (Lei dos Semelhantes) com o enfermo e bem prescritos pelo terapeuta – irão operar curas e alívios merecidos ao enfermo em tratamento. Recompondo, induzindo, reestruturando os tecidos lesados de nosso corpo espiritual – ocasionado pela conduta errônea da nossa mente.

Homeopatia é vida – vida que busca sempre o equilíbrio e o melhor.

Mensagem de Abraham | Os três pilares

Olá a todos vocês.

Como já perceberam, possuímos um jeito “diferente” de nos comunicarmos. Isso pois sabemos que muitos de vocês necessitam quebrar alguns tabus, alguns preconceitos, em relação às entidades comunicantes. Sim, sabemos que existem muitas delas que estão por aí, aprendendo diversas coisas e se aproveitando desses momentos de comunicação para ludibriarem e menosprezam a sabedoria humana. Não, não é isso que viemos ensinar. Viemos ensiná-los a serem felizes e a se melhorarem cada vez mais. Se em seu crivo da razão conseguirem entender a essência da mensagem que lhes transmitimos, então já teremos cumprido nosso objetivo, que é tocar seus corações.

Entendam que a partir de agora vocês não terão mais desculpas para não se tornarem seres melhores. Devem deixar de lado sua arrogância e preconceito com relação ao novo e ao que dizemos ser “diferente”. Pois o mundo já ficou tempo demais perdido na arrogância e na inveja, na ignorância de que o mundo não possuía espaço para o diferente. Pois viemos lhes dizer que devem começar a aceitar o fato que o mundo mudou. Sim, o mundo mudou e não há nada que vocês possam fazer para voltarem atrás, para voltarem àquele mundo velho e cheio de defeitos, já que agora lutam cada vez mais por um mundo melhor. Não. Esqueçam aquele mundo de pensamentos engessados e fixos em ideais pouco arrojados. É hora de acelerar.

Percebem como tudo está mais rápido? Vocês se perguntam o porquê de tudo estar mais rápido e de terem pouco tempo para fazerem aquilo que pretendem fazer. Pois iremos lhes dizer: isso é só o começo. As coisas vão acelerar mais. E se não mudarem seus pensamentos e se não se abrirem para as coisas novas que estão por vir nessa vasta rede de conhecimentos e tecnologias e relacionamentos, então, meus amigos, vocês ficarão para trás. E ficar para trás significa que não haverá mais espaço para essas mentes retrógradas. Não, não haverá. Mas haverá sim espaço para a integração. Haverá espaço para aqueles que se sentirem prontos a se adaptarem.

Quanto mais quiserem impedir o processo de agilização da evolução da humanidade, mais rápido vocês tornar-se-ão obsoletos. E quando falamos em se tornarem obsoletos, queremos dizer que suas mentes não terão lugar para um mundo (humanidade) que pensa três vezes mais rápido e que é capaz de transmutar todo o ódio e preconceito de seus próprios corações. Entendam que a evolução é necessária e está tudo acontecendo de maneira muito acelerada e constante. Perceberam?

Agora lhes perguntamos: o que estão esperando? Sim. O que estão esperando para largarem de lado toda a arrogância, todo o ódio e preconceito de seus corações e se colocarem no lugar do outro e entenderem que o outro nada mais é da projeção do que você é, só que com outras características, outros pormenores que fazem desse outro um alguém único e livre de amarras e de preconceitos dos quais você pode estar impregnado. Despoje-se. Surpreenda a si mesmo com um novo “eu”, com um novo “fulano”, “beltrano”, “ciclano”. Queiram mudar, mas não para unicamente adaptarem-se ao novo mundo que está a surgir, mas para adaptarem-se a este novo estado de consciência de amor e união que a humanidade teima em rejeitar e em não aceitar.

Está na hora de pararem de se queixar de que o mundo é injusto e de que tudo nesta vida está errado. Não é e não está. Entendam isso. Nada está errado. Todo o propósito da criação se baseia nestes três pilares:

1 – Você tem um propósito, que é evoluir. E deve aprender a fazer isso com base no relacionamento interpessoal com as diversas pessoas do seu convívio, desde o seu nascimento até o momento da sua passagem para o outro plano, mais sutil do que este em que habita hoje, com seu corpo, físico e “pesado”.

2 – Nada daquilo que fizerem aqui será esquecido. Lembrem-se: NADA. Isso é muito sério, por isso vamos repetir diversas vezes. NADA SERÁ ESQUECIDO. NADA. NADA. NADA. Esperamos que tenham fixado isso em suas mentes, pois é realmente muito importante. Por isso que a vivência de vocês neste mundo é repleta de desafios. Vocês estão em constantes aprendizados e cada aprendizado é um registro em sua memória espiritual. E cada erro ou acerto corresponde a um aprendizado e fica registrado nos Registros Akáshicos, que é a Grande Memória. Como não estamos aqui para falarmos dos Registros, mas sim de você, vamos ao próximo item e talvez o mais importante dos três.

3 – Você é a Fonte Divina, subdividida em diversas facetas, espalhadas por todo o Universo, aprendendo em diversas camadas (que vocês chamam de planos de vibração) aquilo que necessitam para o seu aprimoramento e expansão de consciência. E essa expansão de consciência consiste em não se fecharem ao novo e se permitirem aprender e evoluir a todo o instante. Viram como é fácil e didático? É simples. Vocês são seres em aprendizado constante. A partir do momento que se privam de aprender e se “escondem”, fugindo de suas responsabilidades, param de avançar mais rapidamente.

Agora vem a grande resposta. O tempo está “acelerando”, diante de suas percepções, pois não há mais tempo a perder. Não há mais o que adiar em termos de aprendizado e evolução. Não há mais tempo! Hei! Acorde! Não há! Aqueles que se privaram de aprender, que se privaram de viver em harmonia, que se privaram de serem quem realmente precisam ser para conviverem com amor e paz e felicidade e união e justiça (divina), estes serão redirigidos para uma espécie de recomeço. Mas aqueles que não se privaram de aprenderem e tolerarem uns aos outros, em um gesto de bom grado para um bom convívio, estes poderão avançar cada vez mais para tornarem-se quem realmente são e se permitirem atraírem para si aquilo que realmente os farão felizes. Estes sim estarão prontos para o próximo passo, que chamamos de “O passo da criação”, onde estarão totalmente conscientes de suas capacidades e poderão CRIAR uma realidade digna de seus valores morais sadios para TODOS conviverem. Viram como isso é importante?

Como poderiam criar um mundo novo e repleto de alegrias gerais se enquanto uns vibram amor e paz outros vibram ódio e guerras? Não dá mais para atrair para si coisas que o farão felizes se há outras pessoas vibrando e atraindo para si coisas que as farão infelizes. Não dá mais. Não será mais tolerado ou permitido fazerem-se infelizes. Pois se vocês estiverem infelizes, nós também deveremos estar e não é isso o que nós queremos. Vocês entendem? Queremos ser felizes completamente. E agora é o grande momento da felicidade de vocês avançar para outro patamar. Agora é a hora de se libertarem dessas algemas em que se colocaram e aprenderem a serem livres de verdade. Agora é hora de deixarem suas mentes brilharem e se tornarem grandes mentes brilhantes e pensantes em como tornar o mundo de vocês cada vez mais magnífico. Agora é a hora.

Lembrem-se dos três pilares lá atrás que já falamos. Aprendam a amar a si mesmos e ao outro. E serão plenamente felizes, onde estiverem, com quem estiverem, e fazendo o que estiverem fazendo. Isso é tudo. E esperamos que possam aproveitar estas palavras com muito carinho e espalhá-las em seu dia-a-dia, através de gestos de amor, tolerância e compreensão.

Autor: Abraham
Local e data: São Paulo, 27/11/2016
Canal: Fernando

As bandeiras tibetanas de oração e suas cores

Um dos elementos mais conhecidos do budismo tibetano são as bandeiras de oração. Possivelmente você já deve tê-las visto! Quanto à sua história, é dito que durante uma batalha entre dois povos, Buda recitou uma prece que foi impressa nas bandeiras de batalha. Logo em seguida, a paz entre os povos voltou a reinar.

O costume das bandeiras de oração é originário do Tibete e remonta o século XI. Foi um grande mestre indiano, Atisha (982-1054) que ensinou aos seus discípulos como imprimir orações e mantras em pedaços de tecido a partir de blocos de madeira gravados. Tradicionalmente, elas são erguidas ao ar livre para que as preces sejam levadas, “recitadas” pelo vento, espalhando benefícios para toda a humanidade.

É importante esclarecer que as bandeiras não são talismãs, nem uma superstição! Conforme dito por sua santidade Dalai Lama, o budismo há muito tempo empenha-se em compreender a natureza e funcionamento dos fenômenos. Considerando a lei do karma, todos os fenômenos são interdependentes, logo, imprimir textos sagrados com intenção pura é uma fonte de energia positiva e, consequentemente, traz diversos benefícios! Todas as nossas ações, sejam ela de corpo (forma), fala (palavra) ou mente (pensamento) são como o vento batendo nas bandeiras de oração, elas repercutem! Por isso, se nossas ações forem positivas, melhor para nós e todos os outros seres.

Vocês já devem ter notado que elas possuem cinco cores: azul, branco, vermelho, verde e amarelo. Estas cores não são aleatórias! Elas são cheias de significados e importância! Estão diretamente relacionadas às cinco sabedorias do Budismo. Antes de explicar diretamente as cores das bandeiras, é importante uma breve explicação sobre estas cinco sabedorias.

Todos nós possuímos emoções negativas ou, como chamamos no budismo, venenos mentais. Muitas vezes não os reconhecemos por estarmos muito acostumados à sua aparência de emoção. A verdadeira natureza dos cinco venenos – ignorância, apego, aversão, inveja e orgulho – são as cinco sabedorias.

Podemos utilizar diferentes métodos para trabalharmos com esses venenos, sendo que muitos deles quando trabalhados adequadamente, podem ser o remédio para cura.

Nossa mente comumente é mergulhada na dualidade, na percepção sujeito-objeto.  Portanto, nesse caso, podemos utilizar o antídoto diretamente ao veneno: um pensamento positivo quando temos um negativo, apegar-se à felicidade alheia no lugar da nossa, por exemplo.  Quando conseguimos relaxar dessa dualidade, conseguimos experimentar a verdadeira essência de uma emoção e, portanto, libertá-la.  Ou seja, seu princípio de sabedoria é revelado: o orgulho como a sabedoria da equanimidade; a inveja como a sabedoria que tudo realiza; o apego e o desejo como a sabedoria discriminativa; a raiva e aversão como a sabedoria semelhante ao espelho; e a ignorância como a sabedoria da verdadeira natureza da realidade.

Agora, vamos às bandeiras!

O Supremo Curador Vairochana – Branca

vairochana

A cor branca no Tantra simboliza o absoluto e a centralidade. Seu nome significa “Aquele que ilumina”, o que espalha luz e radiância. Nos tempos dos Vedas, Vairochana era o nome dado ao sol. Deste modo, ele é o sol espiritual do universo. A Roda do Dharma com oito raios é seu símbolo especial e é representado no mudra do girar a Roda do Dharma ou conhecido também como mudra do OK.  Vairochana está conectado ao Leão. Assim como este animal, cujo rugido proclama-o o rei da selva e que não possui medo de nenhum outro animal, a proclamação destemida que Buda faz da Verdade, torna-o governante do universo espiritual. Sua sabedoria, a do darmadatu (ou darmata), que significa a sabedoria da verdadeira natureza da realidade, purifica a ignorância, base de todo engano, emoções perturbadoras e sofrimentos. É o Buda principal, pois corporifica a paz interior e a paz no mundo. Os outros Budas são aspectos deste estado. É chefe da Família do Buddha da Roda e um dos membros mais importantes dessa família é o Bodhisattva da sabedoria transcendental, o Manjushri.

 

O Supremo curador Akshobya – Azul

akshobya

Seu nome significa “O inabalável”, qualidade representada em seu símbolo, o vajra ou raio. Ele é representado no mudra do tocar a terra, já que esse elemento é visto como o mais grosseiro e estável. Ele está conectado ao elefante, que além de ser o maior e mais forte animal, é também considerado o mais sábio. Sua sabedoria, chamada também de sabedoria do espelho, está relacionada em compreender os outros no mundo deles e não segundo o nosso. Temos que ter em mente que as pessoas estão certas dentro de seu mundo.  Quando temos a capacidade de falar dentro do mundo das pessoas, conseguimos ajudá-las em sua caminhada. Porém, quando a nossa linguagem não alcança esse objetivo, é porque nós não conseguimos falar dentro do mundo dos outros. Se pudéssemos escolher uma palavra que o represente, a mais adequada seria acolhimento. Akshobya purifica a raiva e a aversão. É o chefe da Família Vajra, que inclui outras divindades como Vajrasattva, Heruka, Hevajra, Yamantaka, Vajrapani e Guyasamadja.

 

O Supremo Curador Ratnasambhava – Amarela

ratnasambhava

“O Nascido da Joia” ou “O criador de Joias” é o significado do seu nome e sua qualidade está refletida em seu símbolo, a joia. Ele é representado com o mudra da generosidade ou da doação e está conectado ao cavalo, que de acordo com o budismo, é a corporificação da velocidade e energia, especialmente na forma prana ou respiração vital. Na arte tibetana, o cavalo normalmente é representado galopando no ar com as três joias em seu dorso. Essa representação significa que só podemos chegar à iluminação por meio da concentração e direcionamento adequado de todas nossas energias. Sua sabedoria, a da igualdade, purifica o orgulho e nos faz compreender que o que eu faço ao outro é igual para mim, é inseparável. Portanto, se o outro está feliz, eu também estarei. Ratnasambhava  representa a generosidade e é o chefe da Família da Joia que inclui Dzambala, a divindade da riqueza e a Deusa da Terra, que fornece todos os recursos da Mãe Terra.

 

O Supremo Curador Amitabha – Vermelho

amitabha

O nome Amitabha significa “Luz Infinita”. Seu símbolo é a flor de Lótus que representa o renascimento e crescimento espiritual e seu mudra é o da meditação (uma mão sobre a outra com as palmas voltadas para cima). O pavão é o animal ao qual está conectado. De acordo com algumas lendas, esse pássaro, o mais esplêndido de todos, se alimenta de plantas venenosas e as transforma. Portanto, representa a imunidade em relação aos venenos dos sentidos, das emoções e pensamentos negativos. Associado ao pôr do sol, momento do desaparecimento da luz, Amitabha não se refere à experiência de um estado de escuridão interior e sim, ao contrário: nossa luz interior aumenta à medida que temos a experiência da natureza de nossa própria consciência. Sua sabedoria discriminativa nos auxilia na compreensão da impermanência: tudo tem um ciclo de início e fim, tudo é mutável e nada permanece como está. Amitabha purifica o desejo e o apego. É o chefe da Família do Lótus que inclui Avalokitesvara, o Bodhisattva da compaixão, Kurukule, Amitayus e Padmanarteshvara.

 

O Supremo Curador Amoghasiddhi – Verde

amoghasiddhi

Seu nome significa “Sucesso Infalível” ou “Realização sem obstáculos” e possui como símbolo o vajra duplo (dois vajras cruzados). Esse símbolo é muito poderoso e representa a união dos opostos e a utilização simultânea de todas as energias do mandala dos cinco Curadores. Seu mudra aparece com muita frequência em todas as formas do budismo, especialmente nos tantras: o do destemor. Está conectado ao pássaro garuda ou “pássaro-homem”, uma criatura lendária que possui a parte superior na forma humana e os pés e asas de um pássaro. Sua sabedoria, a da causalidade, nos faz lembrar que a cada ação, existe uma reação, uma causa gerará um efeito. Esta sabedoria também pode ser considerada a da transmutação, uma vez que podemos transformar e devolver de forma positiva algo negativo que venha até nós. Para isso, podemos usar as quatro formas de ação: ação de poder – não se abalar, não se perturbar, energia constante; ação pacificadora – entender a bolha de realidade do outro, apoiar, pacificar a si mesmo entendendo melhor o outro; ação incrementadora – mostrar as qualidades do outro e sempre há e a ação irada – a partir da confiança gerada, cortar as negatividades do outro, ser enérgico, mas sem raiva ou algo contra o outro. A motivação deve ser sempre compassiva, de ajudar, de “tirar o espinho do outro”. Amoghasiddhi purifica a inveja e é o chefe da Família do Karma ou da ação, cuja divindade mais conhecida é a Tara Verde.

 

Quanto ao uso das bandeiras, é importante dizer que as bandeiras não devem ser removidas até serem trocadas por novas e, quando removidas por estarem gastas ou velhas, jamais as jogue no lixo comum: você deve queimá-las. Muitos sugerem que a cada novo ano, novas bandeiras sejam erguidas para que se crie uma interdependência com o ano que se inicia. Espero que tenham gostado do texto e que ele tenha sido útil para esclarecer alguma(s) dúvida(s).

 

Tashi Delek!

 

Artigo por Ana Caroline Nonato.