Equilíbrio e Plenitude

Por um movimento admirável, que consagra a filosofia da Ciência, o Ser consciente segue descobrindo o universo que, insofismavelmente, nos remete a Deus.

Dentre todas as tábuas já definidas para o aprendizado humano, a Medicina torna-se senhora de fontes fecundas que muito podem e devem favorecer a consciência planetária, em seu afã de expansão e crescimento.

Todos os seres vetores deságuam em valores que a desafiam, remetendo-a a outros não menos dinâmicos e admiráveis. Sublime cadeia de ascensão e vivência, preparando o Espírito diante do Eterno!

Observamos a força com que a embarcação terrena se move a partir dos motores psíquicos já montados, estruturados, com base nas revelações – filosóficas, científicas e morais. Merece ênfase a sublime harmonia que, digna e fielmente, foi laborada pelo Professor Rivail, o emérito Allan Kardec, num momento ímpar de que participamos, dando louvor à Sabedoria de Deus!

O contributo da Homeopatia ainda será devidamente compreendido e valorizado, porque, após o devaneio materialista que encontra seu ápice em vosso século, sua beleza transcendente e dinamizadora de estados salubres, se patenteará sem as ressalvas e os preconceitos que a impedem florescer e servir com pujança.

A Humanidade entenderá que sem equilíbrio das forças não há plenitude de expressão.

O quadro das expiações e das provas dizem disso. Vencidas as etapas primitivistas e de referenciais elementares sobre a complexidade do Ser encarnado, as ciências depuradas, como hoje se reconhece a própria Física Quântica, assumirão o seu papel no concerto da consciência iluminada.

Considerando-vos amigos dedicados ao Sublime Ideal, convosco nos solidarizamos, reconhecidos ao Senhor que, pelas lições de seu Evangelho – redivivo pelas Vozes do Céu na Seara do Espiritismo -, clama a plenitude do Ser, a benefício de nossa harmonização ideal em todos os níveis.

Deus vos ampare e abençoe!

 

Hahnemann

(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão em reunião pública do Grupo Espírita da Benção, em Mário Campos, MG, no dia 11/02/2006)

 

 

 

 

Mensagem de Hahnemann

(Sociedade Espírita de Paris, 13 de março de 1863.  – Médium senhora Costel.)

Minha filha, venho dar um ensino médico aos Espíritas. A astronomia, a filosofia têm aqui eloqüentes intérpretes: a moral conta tanto escritores quanto médiuns; por que a medicina, em seu lado prático e fisiológico, seria negligenciada?  Fui o criador da renovação médica que penetra hoje até nas classes dos sectários da antiga medicina; ligados contra a homeopatia, acharam bom criar-lhe diques inumeráveis, acharam bom de exclamar: “Não irás mais longe!” a jovem medicina, triunfante, venceu todos esses obstáculos; o Espiritismo ser-lhe-á um poderoso auxiliar; graças a ele, ela abandonará a tradição materialista que, há muito tempo, retardou o seu vôo. O estudo médico está inteiramente ligado à procura das causas e dos efeitos espiritualistas; disseca os corpos, e deve também analisar a alma. Deixai, pois, um velho médico justificar os fins e o objetivo da doutrina que propagou, e que vê estranhamente desfigurada nesse mundo pelos nobres, e no alto pelos Espíritos ignorantes que usurpam seu nome. Gostaria que minha palavra escutada tivesse o poder de corrigir os abusos que alteram a homeopatia e a impedem de ser tão útil quanto o deveria.
Se falasse num centro prático, onde os conselhos pudessem ser ouvidos com fruto, levantar-me-ia a contra a negligência de meus colegas terrestres, que desconhecem as leis primordiais do Organon, exagerando as doses, e sobretudo não trazendo à trituração tão importante dos medicamentos os cuidados que indiquei. Muitos esquecem que cem e, freqüentemente, duzentos golpes são absolutamente necessários ao desligamento do princípio médico apropriado a cada uma das plantas ou venenos que formam nosso arsenal curador. Nenhum remédio é indiferente, nenhum medicamento é inofensivo; quando o diagnóstico mal observado o faz dar fora de propósito, ele desenvolve os germes da doença que estava chamado a combater.
Mas deixo-me arrastar pelo meu assunto, e eis-me no pendor de fazer um curso de homeopatia a um auditório que não pode se interessar por essa questão. No entanto, não creio inútil iniciar os Espíritas nos princípios fundamentais da ciência, a fim de premuni-los contra as decepções que sofrem, seja da parte dos homens, seja mesmo da dos Espíritos.
SAMUEL HAHNEMANN.
Nota. – Esta dissertação foi motivada pela presença, na sessão, de um médico homeopata estrangeiro, que desejava ter a opinião de Hahnemann sobre o estado atual da ciência.
Faremos observar que foi dada por intermédio de uma jovem senhora que jamais fez estudos médicos, e à qual, necessariamente, muitos termos especiais são estranhos.

REVISTA ESPÍRITA – JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS – ALLAN KARDEC
ANO 4 – AGOSTO 1863 – Nº. 8

Bastidores do tratamento homeopático

Para que o psiquismo consciente permita que algo desconhecido adentre no eu profundo, inconsciente, faz-se necessário que este elemento penetrante seja semelhante ao local que irá entrar.

Depois de permitida, pela consciência presente, o elemento semelhante entra no eu profundo (inconsciente), ilumina-o e traz para fora, para a consciência presente, tudo que estiver em ressonância com o mesmo. Ou melhor, os arquivos do passado que a consciência desperta conseguirá renovar, reformar para o bem.

O medicamento homeopático é a entrada de Deus na vida do homem. Ele entra maquiado de enfermidade, mas posteriormente transforma-se em fonte de luz e amor, causando harmonia intima no ser. Pois, se assim não fosse, o ser doente e cheio de conflitos íntimos, não permitiria Sua entrada em seu coração.

O medicamento homeopático é o veículo que transporta Deus para o íntimo do homem. A Homeopatia permite o contato, e o convívio íntimo entre Pai e filho. Estimulando assim o desabrochar do amor no homem.

Para cada medicamento homeopático, em suas origens e potências, existe um técnico divino responsável por acompanhar todo o processo de produção, armazenamento, dispensação e administração pelo paciente. Neste momento específico, o técnico divino, entrará em contato com o guia espiritual (anjo da guarda) do paciente. Estudarão com antecedência toda a história do indivíduo, programando em cálculos estatísticos e matemáticos, como será a ação do medicamento no campo daquele ser.

Lembrando que o medicamento homeopático agirá através de sugestão. Semeando no campo íntimo do ser as sementes do amor e suas infinitas manifestações. Cabe porém ao indivíduo enfermo perceber tais melhoras psíquicas, e utilizando de vontade firme no bem, manter o campo semeado sempre limpo. Não esquecendo que através dos pensamentos edificantes, palavras construtivas e ação caridosa, estará regando, adubando e iluminando tal campo. Proporcionando o crescimento e a produção de incontáveis frutos doces, da semente pequenina, levando o ser a felicidade eterna.

Mas, se desta forma não proceder, retornará as dores e os sofrimentos.

 

 

 

Monteiro Lobato e a Homeopatia

Carta de Monteiro Lobato a Godofredo Rangel, publicada no livro A Barca de Gleyre, p.391, Editora Globo.

FAZENDA, 3 DE MARÇO DE 1917

Rangel,

A HOMEOPATIA!... Eu pensava como você; ou pior ainda, não me dava ao trabalho de pensar coisa nenhuma a respeito. Não acreditava nem descria – não pensava no assunto e pronto. Mas um dia sobreveio o “estalo” e fiquei tonto. O meu Edgarzinho apareceu com uma doença  no nariz. Isso na fazenda. Ele tinha 2 anos. Corro a Taubaté. Consulto os médicos locais. “O melhor é ver um especialista em São Paulo.” Vamos a São Paulo. “ Quem é o baita para narizes?” J.J. da Nova. Vou ao Nova. Examina, cheira, fuça e vem com um grego: “Rinite atrófica. Só pode sarar lá pelos 18, 20 anos – mas vá fazendo umas insuflações com isso” e deu uma droga e um insuflador. Voltamos para Taubaté, muito desapontados. Dezoito anos! Mas minha casa lá era defronte à duma prima. Vou vê-la. Tenho de esperar na sala de visitas um quarto de hora. Em cima da mesa redonda está um livro de capa verde. Abro-o. “Bruckner, O Médico Homeopata”. Institivamente procuro a seção Nariz. Leio conjuntos de sintomas. Um deles coincide com os sintomas da rinite do Edgard. Prescrição: “Mercurius”. Entra a prima. Conto o caso do menino e aquele encontro ali. “Vale alguma coisa isto de homeopatia?”, pergunto, cético. E ela: “Experimente. Não custa.” Quando saí passei pela farmácia. “Tem Mercurius?” Tinha. Comprei 5 tostões. “Almeida Cardoso – Rio”. Levo para casa. Falo à Purezinha. Sem fé nenhuma, dou automaticamente os carocinhos ao Edgard, mais do que mandavam as instruções. Cinco em vez de três. Depois, mais cinco. De noite, mais cinco. No dia seguinte, o milagre: todos os sintomas da rinite haviam desaparecido!… Mas sobreviera uma novidade: purgação nos ouvidos. Cheio de confiança, corro à casa da prima, atrás do livro de capa verde. Procuro “Ouvidos” e leio esta maravilha. “Ás vezes sobrevém purgação no ouvido por abuso de Mercurius, e nesse caso o remédio é Sulphur”. Vou voando à farmácia. Compro Sulphur. Mais 500 réis. Dou Sulphur ao Edgard e pronto – sarou do ouvido! Sarou da rinite, sarou de tudo! Preço da cura: 1.000 réis. Pelo alopatia, em troca de não cura: várias consultas médicas, viagem a São Paulo, drogas insuflantes e aparelho insuflador – e a desesperança.

Que fazer depois disso, Rangel, senão mandar vir um livro de capa verde e uma botica com todas as homeopatias do Almeida Cardoso? Cem mil réis custou-me, e desde então curo tudo. Curo tudo em casa e no pessoal da fazenda. Fiquei com fama de mágico. Vem gente dos sítios vizinhos. “Ouvi dizer que o senhor é um bom doutor que cura” – e curo mesmo.

Chega a vir até do município vizinho atrás dos “carocinhos mágicos”…

Lobato

Como age o medicamento homeopático?

Como age o medicamento homeopático?

Seria possível discorrer sobre o mecanismo de ação do medicamento homeopático nas estruturas profundas do corpo sutil?

Obedecendo a lei da sintonia, os princípios liberados pelas sucussões, se bem receitados pelo terapeuta ao seu paciente, penetram com facilidade a estrutura mais essencial do indivíduo, como infracorpúsculos ou linhas de força do mundo subatômico, que dizem respeito a unidades psíquicas em experimentação, para a reposição de estruturas danificadas ou estímulo a reações determinadas no cosmo organizado de manifestação do ser.

(Emmanuel Responde – Francisco Cândido Xavier, Henrique Rodrigues; Wagner Gomes da Paixão, Honório Onofre de Abreu – Pelo Espírito Emmanuel).

A ciência homeopática é composta de quatro princípios básicos: Lei dos Semelhantes; Experimentação do Homem São; Medicamento Único e Doses Mínimas ou Infinitesimais. Sendo que apenas o último tem sido ao longo dos anos, motivos de inúmeras controvérsias de acordo com visão e análise da ciência convencional – tal como a física e química.

Muito por não conseguirem explicar os resultados sensacionais e naturais dos tratamentos homeopáticos, tentam assim pelo prisma material, desmerecer e combater a terapêutica homeopática – se posicionam como deuses do conhecimento absoluto – como se não existisse nada no universo que não conseguissem explicar – puro orgulho e egoísmo beirando a soberba, como se já possuíssem todas as chaves da natureza.

O medicamento homeopático é de caráter espiritual – em suas diluições seguidas de agitações vigorosas (sucussões), segundo a Constante de Avogrado – 6,022 x 1023 a partir de 12CH, não temos mais nenhum átomo da substância ativa, em questão. Desta forma, para a ciência convencional, a homeopatia não funciona e é um placebo. Tendo em vista sua utilização cada vez mais frequente e ampla em vegetais, animais e ser humano – com resultados extraordinários, não conseguidos e nem alcançados por outras terapêuticas. Sendo assim inexplicado pela ciência convencional. E geralmente tudo que não conhecemos – combatemos e negamos. Por que não estudar e conhecer?

Para conhecermos e revelarmos verdadeiramente o mecanismo de ação dos medicamentos homeopáticos – tal como informado no início do texto – pelo Espírito Emmanuel, faz-se necessário todos os estudiosos em homeopatia respeitarem os 4 princípios básicos desta ciência Divina. E elaborem modelos de pesquisa voltados a energia e espiritualidade do medicamento. Pois o mesmo não é matéria ponderal e não deve ser tratado como tal, sendo incluído e utilizando os meios atuais de pesquisa.

Mudando apenas o foco no objeto de análise – conseguiremos perceber com mais tranquilidade a essência da homeopatia e a tão sonhada comprovação científica – será algo simples de concluir.

A homeopatia em seu caráter Divino e espiritual adentra em nosso corpo sutil ou corpo espiritual através dos princípios da inteligência, que são os componentes ativos e vivos do medicamento homeopático. Agindo em sintonia (Lei dos Semelhantes) com o enfermo e bem prescritos pelo terapeuta – irão operar curas e alívios merecidos ao enfermo em tratamento. Recompondo, induzindo, reestruturando os tecidos lesados de nosso corpo espiritual – ocasionado pela conduta errônea da nossa mente.

Homeopatia é vida – vida que busca sempre o equilíbrio e o melhor.

Homeopatia e Espiritualidade

A Ciência Homeopática, surgiu no leste europeu em 1796 através do médico alemão Samuel Hahemann, atualmente em franca expansão pelo mundo, aborda o ser humano de forma holística em sua terapêutica. A medicina convencional, em voga, apenas trata e alivia com meios medicamentosos existentes, os sintomas e sinais das enfermidades. Já as mesmas dores e sofrimentos, são observadas e tratadas com as consultas e os medicamentos homeopáticos, tendo como objetivo principal as causas das mesmas. Desta forma, a cura e a plenitude do indivíduo, se faz proporcional a sua espiritualização e seu esforço diário no progresso moral e físico.
A Homeopatia é também uma Medicina Espiritual, não somente pelo caráter fluídico do medicamento, mas por sua essência Divina em todos os princípios e propósitos. Segundo Hahnemann, o verdadeiro homeopata é um artista da cura, a serviço de Deus.
Para concluirmos, temos no livro Emmanuel Responde orientações seguras sobre o tema:
Qual tem sido a avaliação dos avanços da Homeopatia nas últimas décadas?
A ciência homeopática de Hahnemann como o Esperanto de Zamenhof, são providências do Alto em função de uma nova era no Orbe. Obedecem a uma necessidade evolutiva dos seres e, segundo nossas próprias observações na Vida Espiritual, estão bem fundamentadas, como esforço sintético de um novo modelo de terapêutica e de comunicação, a favorecerem o encaminhamento dos valores essências, para o resgate e promoção das criaturas.