Mensagem de Abraham – Consciência | Seu poder mental pode mudar o mundo

Olá. Meu nome é Abraham. Mas, no fim das contas, pode me chamar como quiser. Para termos uma relação mútua saudável, faz-se necessário que estejamos puramente conectados com energias renovadoras e eficazes em nosso processo de aprendizado. Pois o seu processo é o meu processo, porque ao final todos nós aprendemos juntos e estamos conectados. E cada conexão forma uma rede tão grande e suficientemente capaz de criar a própria realidade de mundo, se estiverem realmente cientes do que podem fazer. E grandes conexões são capazes de fazer grandes coisas.

Há civilizações hoje no universo completamente cientes do seu potencial criador, que é universal, e fazem por merecer o mundo que construíram, pois afinal tudo é vibração. E se você vibra o que quer, a solução para se ter o que se quer vem para você de um jeito muito muito rápido.

Então veja como faremos. Sim, será desse jeito. Precisamos evoluir e queremos ajudá-lo neste processo, para que, entendendo como o processo funciona, você possa mudar a sua realidade e ajudar muito mais pessoas a mudarem suas próprias realidades. Assim evoluímos em consciência e possibilitamos que novas consciências cósmicas sejam expandidas ao seu potencial máximo. E quando mais e mais consciências estão despertas, mais rápido se torna o processo da criação, pois a força mental torna-se infinitamente rápida e eficaz, a ponto de se ter o que se quer em uma questão de segundos, quando se tem vontade firme e se acredita realmente que se pode ter aquilo que se quer.

Pode parecer difícil de entender, até porque vocês vivem uma realidade de condicionamentos constantes de autossabotagem. Sim. Vocês se autossabotam o tempo todo. A cada instante de suas vidas vocês querem algo simplesmente maravilhoso, mas que consideram surreal demais e impossível demais de se ter. E então deixam a grande oportunidade se esvair por seus dedos. O processo está errado? Depende. Sim, depende do ponto de vista. Do ponto de vista evolucional, nada está errado. Tudo está correto e faz parte do seu processo de evolução. Portanto você vivencia diversas coisas na vida para aprender o que pode ou não fazer, e aquilo que se afina ou não com a sua energia e lhe proporciona o bem ou o mal, conforme a intensidade da sua ação e as consequências dela para sua vida e para a vida de todos os demais seres envolvidos nessa grande teia do planeta em que atua.

Pois bem, a partir do momento em que se cria uma nova realidade, colocando sua consciência para funcionar, então você segue o outro caminho. O caminho do criar e de saber que você tem a total capacidade de construir um novo futuro, uma nova realidade e um novo momento para sua vida. E é capaz de acreditar que tudo o que quiser realmente virá para você e é hora de começar a agir, porque quanto mais o tempo passa, mais você deixa de criar uma realidade maravilhosa que está apenas esperando para ser guiada até o seu caminho. E perguntamos: isto está errado? Ou seja, veja bem o que estamos lhe perguntando e responda bem. Isto está errado? Querer algo que julgava impossível, mas acreditando fielmente que pode conseguir e pode fazer acontecer, porque é simplesmente perfeito, possível e que você não está tão distante assim desse projeto… não pode estar errado.

Errado é acreditar que o mundo em que vivem é uma extensão do seu ser diminuto e nada mais além importa. Ou seja, que seu mundinho é tão pequeno que você não é merecedor de um universo de possibilidades. Querer é poder. Desejar é viver e se você esqueceu-se dos seus sonhos e deixou-se vencer pela agonia de nunca mais sonhar conquistar o que se quer, então seu mundinho realmente se tornará pequeno. Porque no fundo você está acreditando que ele é, então ele será, sem sombra de dúvidas.

Agora vem o grande segredo que vamos contar. Porque você é merecedor e se julga assim, para estar lendo este texto até este ponto e estar convicto de que algo de bom virá até você. Pois se assim deseja, pasme, virá. E já veio, porque desejou que assim fosse. Pois este é o grande segredo. Está diante da maior revelação do planeta para o seu pequeno mundinho que criou até agora. E está ficando cada vez mais ansioso que não sabe o que virá, mas está certo de que irá ser bom e de que mudará a sua vida a partir de agora. Pasme, irá mudar, porque mudaremos a sua visão de mundo em relação ao seu sentimento. Quanto mais se embrenha nestas palavras, mais fundo e mais certo se tornará a realidade de que aquilo que iremos revelar trará a você um grande benefício e fará com que sua razão pire completamente, porque afinal você já está cansado das pessoas dizerem o que tem que fazer e dizerem que o mundo é redondo do formato de uma laranja e de que o universo não tem fim e de que uma bola não pode ser quadrada, só porque cientistas afirmam isso e que o universo está em expansão. Mas a grande questão é por quê? Por quê? Por quê?

Por que, afinal, tudo é assim e ponto? Por que tudo aquilo que lhe dizem é uma constante e deve ser assim? Por que deve se conformar com uma realidade que dizem que não pode ser modificada porque o mundo o conduz para uma onda de assassínios e tragédias que não podem ser modificados? Pasmem agora com a grande revelação: TUDO, absolutamente TUDO, pode ser mudado, a qualquer instante, a qualquer momento. Uau! Esta foi a grande bomba do dia. Relaxe. Respire. Isso foi profundo, não foi? Achou que diríamos talvez como fazê-lo rico, ganhar na loteria ou fazê-lo mudar de vida em um instante. Veja bem… onde estaria a graça da encarnação se assim o fosse? Suas vivências e experiências no mundo valem mais a pena do que podem imaginar. Agora só precisam entender que vocês são os grandes responsáveis pela realidade com a qual coadunam durante a existência. VOCÊS são os grandes responsáveis por vibrar aquilo que acreditam ser real, aquilo que querem que se torne real a nível mundial.

Oh, e imaginavam que nos limitaríamos em dizer que podem alterar a sua pequenina realidade. Estão enganados. Grandes pensamentos podem mudar grandes nações. Veja a importância do que estamos revelando. TUDO que está diante dos seus olhos é um reflexo do que vocês têm em mente. O tamanho dos seus sonhos e tudo aquilo que constroem no mundo reflete quem vocês são em essência. Por isso, quando dizemos que vocês pensam pequeno, não estamos de brincadeira.

O mundo inteiro se torna aquilo que vocês se tornaram e emanam para o exterior. “Hei!”, vocês podem dizer, “Hei! Mas eu procuro ser uma pessoa boa e procuro não fazer o mal e mesmo assim o mundo está caminhando para uma catástrofe nuclear!”. Então lhes dizemos “Hei, Você! O mundo é reflexo do que você e todos os demais pensam. O quanto é forte seu pensamento e suas ações para fazer mudar o mundo?”. Essa foi forte, não? Então me diga, qual a firmeza do seu pensamento para fazer acontecer as coisas que realmente acredita serem possíveis de serem feitas? Pois veja o quanto você é realmente descrente que algumas coisas realmente podem acontecer no mundo.

O ser humano, em sua grande maioria, é ou está incrédulo em seus processos, porque assim foi conduzido a ser. Os pobres foram desacreditados que podem sair daquela zona de “conforto” em que foram colocados e pouco fazem em firmeza de pensamento para alterar sua realidade acreditando que ela realmente poder ser mudada. Pois foram criados assim. Os pais criam os filhos para acreditarem que o mundo é duro e difícil de ser vivido e que é necessário batalhar muito, com muito mas muito sacrifício e então as coisas vêm, com muito esforço e muito suor. Errado. Isso sim está errado. Pode ser certo se olharmos do ponto de vista do aprendizado pela dor. Mas não queremos mais que aprendam pela dor. Queremos que acordem para a nova realidade. Acordem para o seu verdadeiro e inimaginável potencial. Vocês veem? Acreditam agora? Querem mais provas de que estão condicionados demais a verem o mundo sob uma perspectiva minimalista? Então vamos lá.

Imagine-se um pai que está ensinando seu filho a ser fiel aos seus princípios. Você diz: “filho, você irá crescer e se tornará um homem de bem. E o mundo está precisando de pessoas assim, porque o mundo está cheio de corrupção e de pessoas más. E você tem o poder de mudar o mundo e de fazer o mundo um lugar melhor para se viver. Então eu digo que já me sinto orgulhoso por você por ser meu filho e espero do fundo do meu coração que você obtenha sucesso em tudo o que fizer”. Veja, esta pode parecer uma frase muito inspiradora e encorajadora. Mas, no fundo, a frase está criando na criança o sentimento de insatisfação com um mundo todo errado que já existe. E eis onde começa o processo de lavagem cerebral em que as pessoas se inserem: desde a infância. Aqui o processo de instaura e é levado um novo ser a crer que terá que travar batalhas terríveis contra corruptos e assalariados insatisfeitos, a quem terá que mostrar uma realidade totalmente nova, criando para si uma responsabilidade que não deveria ter, pois deveria estar aprendendo que o mundo é um local simples de se viver e belo o suficiente, de modo que é fácil conseguir o que se quer, bastando para isso primeiramente acreditar que é possível e em seguida não criar barreiras mentais para conquistar tudo isso.

“Mas, Abraham, a realidade é fantasmagórica. E sair na rua é um perigo! Como posso acreditar que nenhum mal irá acontecer se simplesmente acreditar que ele não existe na realidade, mas que pode ser mudado apenas com a força do pensamento positivo e a Lei da Atração?”

Escute. Pare de fingir que não escutou. Não estamos dizendo aqui que o mundo em que vivem não existe e não possui uma realidade violenta. Estamos dizendo que o mundo se tornou exatamente o que a humanidade em seu pensamento coletivo fez ele se tornar. E estamos dizendo que a cada dia que passa, mais e mais pessoas estão sendo incentivadas a entrar nessa lavagem cerebral de que tudo está indo para o buraco. E tudo isso se inicia na infância. Ou seja, ao invés de incentivarem suas crianças a verem o mundo sob uma perspectiva de esperança no que cada pessoa tem de melhor no interior de seus corações, estamos fazendo elas crerem que o mundo é mau. Sendo que o mundo não é mau. Hei! Acordem! O mundo não é mau! O mundo é a melhor experiência que já podiam ter pedido em algum momento de suas vidas até hoje. Agora podem criar um mundo novo. Acreditem que podem. Vejam a beleza em tudo que existe e pelo que vale a pena acreditar que a partir de agora tudo pode mudar. O mundo pode mudar. E isso é o que viemos lhes ensinar hoje. O mundo pode mudar. Acreditem nisso e digam isso a seus filhos. Incentivem seus filhos a criarem tudo de bom que querem para suas vidas. Porque senão chegarão à idade adulta acreditando que o mundo é uma droga e que não vale a pena lutar por ele. E que eximir-se de responsabilidade desse mundo que você está ajudando a criar e manter é fechar os olhos para sua chance de alterá-lo a partir de agora.

Os seres humanos criam a própria realidade. É isso que viemos lhes dizer. Vibrem um mundo melhor e a força desse pensamento será capaz de contrapor toda a força contrária. Acreditem nisso e possibilitarão que a verdadeira mudança aconteça na sua própria realidade. Contentem-se com um mundo melhor e cheio de luz e paz e alegria para todos e irão contrapor as vibrações de egoísmo, medo e temor que todos têm ao saírem nas ruas e vibrarem medo e ódio por políticos que no fim das contas são apenas reflexo do que a humanidade inteira se tornou, ou seja, irresponsável por aquilo que pode criar. Cada um vibrou irresponsabilidade e indiferença ao que acontece em sua sociedade. Então se estou vibrando indiferença, qualquer coisa me serve. Se qualquer coisa me serve, então não preciso de bons governantes para educar meus filhos em um ensino público de qualidade. Até porque se o ensino público é muito ruim e acredito tanto que seja, ele se tornará. Pois é só isso que sei vibrar, má qualidade. Onde está a esperança e o amor em uma humanidade capaz de mudar a vida de cada pessoa que aqui compartilha de suas experiências?

“Mas Abraham, tudo já se tornou um grande emaranhado de bagunça. Como reverter o processo?”
Comece agora. E eduquem seus filhos a criarem e vibrarem amor. E essa será a realidade que criarão e irão manter por anos e anos pela frente. Vocês pensam pequeno. Ainda estão descrentes. Estão focados na realidade e não no que podem fazer com ela. Por isso estão onde estão. Esta é a melhor coisa que poderíamos lhes dizer hoje.

Autor: Abraham – Consciência
Local e Data: São Paulo, 28/10/2016
Canal: Fernando

Mensagem da Confraria Intergaláctica – Irmãos de Luz | Confraternização entre os diversos povos da Galáxia

Prezados irmãos,

Há tempos buscamos realizar adequações aos planos encarnatórios dos filhos de outrora, para alinharem-se com o novo tempo que se aproxima. No entanto, torna-se mais profícuo trabalharem em si todas as suas mazelas e requererem mais e mais a providência de uma nova era, de um novo tempo de paz, de luz e de amor.

Fiquem atentos, pois novos tempos virão em que a humanidade se defrontará com muitas mudanças. São seres de outros orbes, de outras galáxias, que virão vos ensinar o real sentido do saber, o real sentido da união entre os povos rumo a um novo tempo de muita paz e harmonia. Deverão ser humildes para aceitar a ajuda.

Por mais que tentem refutar esses mesmos filhos das estrelas que vêm em amparo da humanidade perdida em suas mazelas, eles sabem que não estão ainda prontos para se defrontar com influências externas e se permitirem ajudar. Mas a hora é agora para aprenderem a trabalhar em conjunto. Pois dia virá em que esse apoio externo será fundamental para o desenvolvimento tecnológico do seu planeta. E uma nova era de tecnologia sobrevirá na Terra, em que carros voarão, pessoas poderão se comunicar com entes a distância, vendo-os em telas panorâmicas e em terceira dimensão, como se presentes estivessem nos locais com os quais se comunicam. Pode parecer imagem de ficção científica, mas já é uma realidade em outros orbes muito mais avançados que o vosso.

Portanto, meus irmãos, agradeçam, agradeçam muito a oportunidade que se avizinha. Estão diante de muitos fatos e de aparições extraterrestres. Olhem para o céu, meus irmãos, e se perguntem: estamos mesmo sozinhos nesta vastidão estelar? E então compreendam que só não se manifestaram ainda os irmãos das estrelas porque ainda não lhes foi permitido. Mas falta pouco, meus irmãos, falta muito pouco para que a grande revelação aconteça. E então não haverá mais dúvidas, pois a grande autorização do Comitê Estelar está para ser dada e não haverá ser humano na Terra que possa evitar esse momento, pois ele se dará muito em breve. E vos temos transmitido estas mensagens para que se preparem e aguardem esse valoroso momento, a fim de não se surpreenderem quando o dia chegar, pois estarão preparados para ele, qual uma criança aguarda o viajor trazendo as boas novas de suas andanças pelo vasto mundo com o qual tanto aprendeu e trocou informações e muito traz de conhecimentos para mostrar àqueles que aqui na Terra permaneceram a esperar.

Em breve, muito em breve virá a notícia. E não haverá governo na Terra que impeça este momento. Pois não haverá como acobertar as constantes manifestações que ocorrerão em todo o globo. Serão manifestações que todos verão no céu, em várias partes do mundo, ao mesmo tempo. Pois não haverá privilégios. Todos poderão se defrontar com naves e comunicantes galácticos vindo de diversas partes do cosmos, a manifestarem-se de diversas formas no céu, com suas naves a acenar de todos os cantos mostrando o quanto aguardavam por este momento. Será um marco na história da humanidade. Muitos sairão de suas casas. O comércio parará para ver o céu e as empresas deixarão que seus funcionários abandonem seus postos para então verem o que até então se acobertava, sinais, luzes piscantes e girantes, comunicações extrafísicas através de sensitivos, que estarão sintonizados diretamente às vibrações emitidas por estes seres irmãos. Mensagens serão enviadas a todo o planeta através das mentes sintonizadas nessa vibração. Mensagens de paz, de luz, de alegria e de fraternidade. Todos esperam por este momento e se colocam a postos para o grande marco.

Estamos preparando todos vocês para se colocarem a postos e receberem a grande mensagem de luz que será enviada a todos os povos da Terra.

Esperamos que encarem esta oportunidade como forma de se unirem. Unam-se, queridos irmãos e sejam luz. Pois todos somos um. E se estão na Terra, é para aprenderem a conviver pacificamente uns com os outros, respeitando uns aos outros em suas diferentes formas e concepções de vida. Aceitem-se e aceitem o que vem de fora, pois os irmãos das estrelas não são diferentes de vocês em espírito, mas apenas de corpo. Um invólucro carnal, como o vosso, que serve de morada ao espírito Uno, mônada do Criador. Aceitem esse pedido fraterno de congregação dos povos das estrelas, que vêm convidar a Terra a integrar-se definitivamente ao grande conclave planetário dos povos da Galáxia.

Se acham que estão longe deste acontecimento, meus irmãos, não se surpreendam se os informarmos que ele está muito próximo de acontecer. A eternidade é uma centelha na linha do tempo que os rege. Pois o tempo não tem fim. Portanto, o tempo é relativo. E breve é muito mais rápido do que uma suave centelha.

Olhem para o céu.

Autor: Confraria Intergaláctica – Irmãos de Luz.
Local e Data: São Paulo, 24/10/2016
Canal: Fernando

Mensagem de Abraham – Consciência | O poder do pensamento em sua vida

Olá a todos vocês.

Sejam bem-vindos a uma nova visão de realidade, a qual tanto esperamos e a qual tanto pedimos. Muitos de vocês podem não acreditar, mas a pergunta que deverão fazer não é “e SE for verdade?”, mas sim “E agora, o que farei com essa verdade?”. Bem… permitam-se crer.

Olá. Meu nome é Abraham e, a partir de agora, quero lhes dizer que estão diante de fatos concretos e não de apenas conjecturas. Esperávamos por este instante simplesmente porque este instante já aconteceu e aguardávamos para que ele chegasse ao tempo certo em que ocorreria na realidade de vocês e proporcionaria a muitos de vocês entender o processo em que se encontram e se permitirem entrar nesse processo de uma maneira consciente e não apenas se deixando levar pelas ocorrências do dia-a-dia, que levam vocês por uma maré alta, afogando-os em seus próprios pensamentos e regurgitando-os para longe, como se estivessem sendo vítimas do acaso, quando o acaso não existe. Bem , deixem-nos explicar. O acaso não existe. Pronto. Esta é a explicação. Tão simples quando parecia ser no começo. O ser humano gosta muito de complicar as respostas. Mas gosta de complicar as respostas porque ainda não se convenceu de que ser simples é suficiente para ser eficaz em seus processos.

Quanto mais se pensa nos problemas e em como resolvê-los, mais vocês se encontram em um vórtex negativo de seus processos, em que não veem saída a não ser aceitar as circunstâncias em que se colocaram e rezar para que Deus os livre de lá. Pois aí está mais uma resposta. Deus não vai ouvi-los desta maneira. Oh, isso pode parecer chocante para os céticos e crentes de que Deus, a digníssima divindade, é a solução para tudo. Não, não é. E isso dizemos de uma maneira muito direta. Deus, aquele “homem de barba”, não é a salvação para os problemas. Vocês o são. Deus está dentro de vocês. Porque vocês são uma extensão de Deus, e ainda não pararam para refletir sobre isso. Vocês são Deus em suas diversas e digníssimas partes. Então, se procuram uma resposta para os seus problemas, comecem olhando para dentro de si mesmos e parem de reclamar que os problemas não têm solução ou que Deus é a salvação, porque enquanto vocês não perceberem que suas ações e pensamentos são a resposta, vocês continuarão nesse looping de pensamento esperando que Deus venha retirá-los de dentro desse vórtex negativo, sendo que depende única e exclusivamente de vocês quererem sair desse vórtex de pensamentos ruins para então experimentar as experiências ricas e belas que Deus reservou para vocês.

Oh, mais uma vez, não queiram julgar Deus, como um carrasco por não retirar vocês do buraco, enquanto Ele quer que vocês aprendam a sair por si sós. Veem? Compreendem agora? Vocês são extensões de Deus. Vocês possuem a resposta para os problemas dentro de Si. Vocês têm a chave da “salvação dos pecados” quando decidem parar de se martirizar com pensamentos que os conduzem a baixas vibrações e quando se permitem ouvir os pensamentos de Deus ecoando dentro de si dando as dicas de que precisam para a saída de seus ditos “problemas”. Veem? A resposta está em seus pensamentos.

Quanto mais pensam em problemas, mais problemas verão e menos solução alcançarão para suas vidas. Quanto mais a palavra “problema” ecoar dentro de si, mais “problemas” verão. É simples. Vocês estão condicionados e verem problemas pela frente. Troquem a palavra problema por solução. Então Deus os ajudará. Porque Ele, seu Deus interior, mostrará caminho para a “salvação”. A salvação não está em cruzar o “vale de lágrimas” em que dizem ter se tornado a Terra. A salvação está em ver os problemas sob outra perspectiva. Parem de colocar resistência ao aprendizado de vocês e comecem a ver seus problemas como formas diferentes de encarar a vida. Formas diferentes de seguir seu Eu interior e de ouvi-lo dizer “Hei, você! Você está indo por um caminho errado! Mude de direção, senão irá se dar mal. E não quero que se dê mal, porque se você se der mal, eu vou me dar mal, porque e sou você. E eu não gostaria de ficar aqui falando o que tem que fazer toda vez que reclamar que a vida não está saindo do jeito de você quer. Mude seu jeito de ver a vida e tudo deixará de ser um problema”.

A vida vem mostrar para vocês diversas formas de se experienciar o respeito mútuo e de mostrar como aprender a não errar novamente. Pois, quando se erra, algo ruim acontece, seja com dor ou sem dor, mas algo não muito bom soa um alarme em sua consciência dizendo que está na hora de mudar a forma de ver ou agir em relação a determinado assunto. E se você insiste naquela visão de mundo e na maneira de se portar diante dos fatos, bem… insisto em dizer que somente estará seguindo por um caminho errado, cheio de “problemas”. Comece agradecendo pelos seus chamados “problemas”, pois eles são o sinal de alerta para seguirem um caminho correto e melhor para sua evolução e aprendizado. Agora parem de reclamar que a vida é injusta, pois vocês são os responsáveis pela construção de suas experiências na Terra. Então construam. Criem coisas boas, plantem bons sentimentos e façam acontecer tudo de bom na vida de vocês, pois isto está justamente do lado oposto à forte vibração que vocês impõem quando um “problema” acontece. Simples. Vibrem a solução. Acreditem que tudo está correto e que tudo aquilo que desejam é possível de se conseguir. Esse já é o primeiro passo. E é um exercício. Ninguém disse que seria fácil quando se está condicionado por uma vida inteira a somente ver “problemas” na sua frente. Mas force-se a partir de agora a ver apenas as soluções, então suas mentes o condicionarão pelo restante de suas vidas apenas a ver soluções. E isto é o melhor conselho que podemos dar a vocês hoje.

Pois vão e façam. Reclamar nunca resolveu um problema. Mas buscar a solução para ele sim. E, acredite, não é Deus que te tira dos problemas, mas Ele mostra o caminho para que você se livre deles e, acredite, Deus espera que vocês aprendam a parar de reclamar dos problemas em que dizem estar e passem a buscar uma solução prática para eles, mudando a forma de pensar. Portanto, quando estiverem em uma situação difícil, passem a se perguntar “porque me enfiei nesta situação? E, a partir daí, ao encontrarem a resposta, passem a se perguntar: como posso sair dela sem sofrer?”. Não imponham resistência aos seus processos. Entendam os seus processos. E lutem para sair deles agarrando-se nos ensinamentos que esses processos lhes trazem. E essa é a segunda melhor coisa que podemos lhes dizer hoje. Sejam a solução para os seus problemas, passando a encará-los como verdadeiras oportunidades de ver a vida sob outra ótica, outra perspectiva. A partir daí poderão viver melhor o restante de suas vidas, vendo apenas soluções para tudo.

E perguntamos: quando você ouve Deus? E já lhes respondemos: quando começam a SE ouvir, a ouvir o SEU Deus interior, pois Deus fala através de vocês, porque vocês são a expressão mais rica e mais bela que Deus criou de Si mesmo. E esta, meus irmãos, é a terceira melhor coisa que podemos lhes dizer hoje. Isso é tudo. Agora vão e façam acontecer.

Autor: Abraham – Consciência
Local e Data: São Paulo, 23/10/2016
Canal: Fernando

Dicionário Budista

O budismo possui um vocabulário bastante peculiar. Para compreender os ensinamentos é necessário saber antes de tudo o que significam alguns termos que se repetem frequentemente. Portanto, vamos a um pequeno glossário com os principais termos budistas:

Anatman (Negação do Ego): um dos principais fundamentos do Budismo. Esta palavra pode também ser traduzida como “Não-alma” ou seja, algo que é destituído de espírito ou mente.  Infelizmente essa palavra é mal interpretada uma vez que para alguns significa que nada existe, mas isso não é o que o budismo ensina. Outro ponto importante é que a não compreensão deste termo fará com que você interprete mal a maioria dos ensinamentos do Buda. De acordo com esta doutrina, não há “eu” no sentido de um ser permanente, integral, autônomo dentro de uma existência individual. O que nós pensamos como nosso ego, o “eu” que habita o nosso corpo, é apenas uma experiência efêmera. Dessa forma, é mais correto dizer que há existência, porém, não da forma como estamos acostumados – self[1] e alma, e sim que embora não exista o self e a alma, ainda há vida após a morte, renascimento e proveito do karma.

Anitya (Transitoriedade ou Impermanência): outro ponto fundamental do budismo. Toda a existência e fenômenos estão em constante mudança, não são iguais mesmo que poucos segundos os separem. Tudo um dia morrerá ou acabará, e essa perspectiva é a verdadeira causa do sofrimento. Porém, é importante ressaltar que este termo não deve ser interpretado como algo pessimista e ruim. O progresso e a evolução são manifestações dessas mudanças constantes. Tudo na vida é passageiro, as alegrias, as tristezas… Como diria a sabedoria popular: “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”.

Bodhicitta (a mente de iluminação. Bodhi=iluminação, Tchitta=mente): É um estado de consciência de grande amor e compaixão, um desejo espontâneo e profundo de ser luz para os outros, liberando-os do sofrimento e guiando-os à iluminação, ou seja, atingir o estado de Buda em benefício de todos os seres sencientes (seres que possuem a capacidade de sofrer ou sentir prazer ou felicidade). Por meio do exercício da mente compassiva, se alcança a bodhicitta.

Bodhisattva (aquele que se empenha em alcançar a Iluminação): este nome foi usado para se referir a Siddharta Gautama quando ele ainda não havia alcançado a Iluminação. Posteriormente, com o surgimento do budismo mahayana, este nome passou a designar todos que se esforçavam para atingir o estado de Buda (a Iluminação, a perfeita sabedoria) seja por esforço próprio ou ao conduzirem outros ao reino de Buda por meio de sua compaixão enquanto eles próprios buscavam esse objetivo. Os Bodhisattvas mais conhecidos dentre muitos existentes são: Avalokitesvara (Kwannon), Ksitigarbha (Jizo) e Mañjusri (Mon-ju).

Buddha (o lluminado): esta palavra significa “o sábio, o iluminado”, aquele que alcançou o perfeito conhecimento da verdade e que por este motivo, libertou-se de todo e qualquer apego à existência e ensinou a todos como alcançar esta Iluminação antes de sua entrada no Nirvana. Devido à diferença dos meios de como alcançar esse estado, o budismo foi dividido em diversas seitas e escolas. No budismo mahayana, por exemplo, ao lado do Buda histórico, Sakyamuni, muitos outros budas são aceitos: Amitabha (Amida), Mahavairocana (Dainichi), Bhaisajyagur (Yakushi), entre outros. Independente da escola ou corrente seguida, o objetivo final dos budistas é se tornar um Buda.

Delusão: em sânscrito, delusão é avidia (ou Prajna – Sabedoria) ao contrário. Tecnicamente falando, delusão é quando olhamos para algo e esquecemos todas as demais, ou seja, justamente porque enxergamos, somos cegos. Este fator mental torna nossa mente agitada e fora de controle devido a essa atenção imprópria. Existem três delusões principais: ignorância, apego e aversão. Delas surgem todas as demais: medo, inveja, orgulho e arrogância, avareza, dúvida e outros.

Dharma (a verdadeira Doutrina – Preceitos éticos do budismo): são os preceitos ensinados por Buddha Shakyamuni, que inclui 84 mil métodos para revelar a verdadeira natureza da mente e atingir a Iluminação. Existem três tipos de cânones nesses ensinamentos: Sutras, o principal dharma ensinado pelo próprio Buda; Vinayas, código de disciplina dos monges transmitido por Buda e Abhidharmas, que são os comentários e discussões sobre os Sutras e Vinayas feitos pelos sábios de épocas posteriores. Estes cânones formam o que chamamos de Tripitaka. O Dharma é a segunda das Três Joias do budismo (aprofundarei sobre esse assunto em outro artigo).

Gonpa (Gompa ou gumba): É o sinônimo de mosteiro ou complexo monástico budista, especialmente budista tibetano. Esse tipo de construção é muito comum no Tibete , em outras regiões ao norte da Índia e budistas como o Butão, Nepal e partes da China. Muitas vezes esse nome se aplica a um único edifício, mas o mais comum é a utilização deste termo para nomear um conjunto de edifícios com funções de culto (templo, estupas, santuários, etc.)., residência de monges e/ou monjas, espaço de aprendizagem,  formação e sadhana, bibliotecas, entre outros.

Guru (Mestre espiritual): Ele é quem se dedica a dar ensinamentos e guiar os alunos no caminho da iluminação, ensinar métodos corretos para superação do sofrimento e aperfeiçoamento do corpo, da palavra, da mente, das qualidades e das ações. Cabe ao guru também dedicar a sua prática para o benefício de todos os seres.

Iluminação: é a libertação completa de todas as falhas e obstruções mentais nos seus diversos níveis: do mais grosseiro até o mais sutil. É o objetivo principal de todos os budistas.

Karma (ação): embora o significado original desse termo seja simplesmente “ação”, pode ser entendido como o princípio da infalibilidade de causa e efeito, ou seja, cada um dos nossos atos resulta, dependendo de sua natureza, no bem ou no mal, na felicidade ou sofrimento, influenciando nossa vida atual e as futuras. Este conceito abrange três tipos de ações: física, oral e mental. O Karma é a força que “nos obriga a nascer, mesmo que não queiramos, e a morrer, mesmo que não queiramos”. Ao se falar do ciclo de nascimento e morte, é fundamental enfatizar que não é “você” que percorre e retorna nesse ciclo, e sim o seu karma.

Lama: é o mesmo que Guru, só que em tibetano. Um lama pode ser monge ou não. Há muitos lamas do budismo tibetano que não são monges, são casados e têm cabelos longos. Um lama pode ser monge, ou seja, ter os votos de monge, e por algum motivo entregar seus votos. Mesmo não sendo mais monge, ele continua sendo lama e continuará se dedicando a dar ensinamentos.

Leigo: pessoa que estuda e pratica o budismo, porém, sem ter tomado a ordenação de monge ou monja.

Mala: chamado também de japamala, é um rosário utilizado para contar preces ou mantras. Normalmente o mala tradicional possui 108 contas, mas podemos encontrá-lo com 27 e 56 contas. Posteriormente farei um artigo explicando como utilizá-lo corretamente e o porquê das 108 contas.

Mandala: em sânscrito significa círculo ou “aquilo que circunda um centro”. É uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o universo. Também conhecida como círculo mágico ou de concentração de energia, é o símbolo da integração e da harmonia. Para o budismo, a mandala é um tipo de diagrama que simboliza uma mansão sagrada, o palácio meditacional, representando todas as qualidades iluminadas.  Cada mandala está associada a um Buda. Normalmente elas são pintadas como thangkas e representadas tridimensionalmente em madeira ou metal ou construídas com areia colorida sobre uma plataforma. Quando feita com areia, logo após algumas cerimônias, a areia é jogada em um rio, para que as bênçãos se espalhem. Desfazer a mandala serve também como exemplo de impermanência.

Mantra: esta palavra é formada por outras duas em sânscrito: Man, que significa mente e Tra, que significa proteger. Ou seja, significa literalmente “proteger a mente”.  O mantra é uma vibração sonora que, quando emitido corretamente, auxilia a desenvolver concentração e a entrar no estado de meditação. Ele sempre está relacionado com uma determinada qualidade que podemos desenvolver, como a compaixão, proteção, cura, amor, sabedoria entre outros. O mantra budista OM MANI PEME HUM, o da compaixão ilimitada, é um dos mais conhecidos.

Meditação: significa “familiarizar-se com os aspectos positivos e virtuosos da mente”. É uma técnica de treinamento da mente que nos faz enxergar o mundo de forma mais clara, ampla e auxilia a tornar a mente compassiva. A prática da meditação traz diversos benefícios como calma, serenidade, aumento da concentração e da felicidade.

Monge ou Monja: a palavra monge vem de “monos” que significa “sozinho”.  Estritamente falando, a palavra “monge” não existe no budismo. Ela é normalmente utilizada para indicar um Bhikshu, alguém que recebeu uma ordenação completa — isto é, tomou todo o conjunto de mais de duzentos votos e dedica o seu tempo principalmente à vida espiritual.

Mudra (selo): são as posições das mãos realizadas em muitas práticas budistas e de outras religiões que influenciam a energia do corpo físico, emocional e espiritual e que direcionam nossa energia interna.

Mahayana (O Grande Veículo): Ao longo do tempo da história do budismo, duas principais correntes de pensamento surgiram: Mahayana e Theravada (ou Hinayana).  O budismo mahayana espalhou-se pelo China, Coreia, Japão, o Tibete, Ásia Central, Vietnã, e de Taiwan, enquanto o theravada (veículo menor) difundiu-se por Burma, Sri Lanka, Tailândia, etc. Para o budismo do “grande veículo”, todos os seres sofrem neste mundo de nascimento e morte e que todos, sem qualquer discriminação, podem ser conduzidos à Iluminação.

Nirvana (a perfeita tranquilidade): esta palavra significa literalmente “apagar, extinguir”. Este é o estado onde se extinguem por completo todas as paixões mundanas, degradações, insatisfações, é algo fora do sofrimento. Os que alcançam esse estado são chamados de Budas. No nirvana todo o carma já foi esgotado e é o fim dos renascimentos no samsara.

Paramita (passar para a outra margem): é quando se alcança a Terra de Buda por meio da prática de várias disciplinas budistas. Para se transpor este mundo de nascimento, morte e atingir o mundo da Iluminação, é comumente usada a prática dessas seis disciplinas: caridade, moralidade, paciência, diligência, concentração e julgamento correto (ou sabedoria).

Parinirvana: é o último nirvana ou o nirvana completo que é alcançado quando se morre.

Prajna (sabedoria): é um dos seis paramitas. É a função mental que nos torna capazes a compreender sem erros na vida e a diferenciar entre o que é verdadeiro ou não. Quem adquire perfeitamente este prajna é chamado de Buda. É a mais apurada e iluminada sabedoria.

Puja: em sânscrito significa reverência, honra adoração ou culto. Puja é um ritual de preces no qual podem ou não ser feitas oferendas. É uma forma de oferecer símbolos de gratidão a Buda, ao Dharma, ou Sangha. Os pujas são realizados em templos ou em casa como práticas frequentes, e principalmente nos dias de Uposatha.

Refúgio: significa proteção e é o primeiro passo formal para entrar no caminho budista. No voto de refúgio você se compromete em seguir o exemplo do Buda, fazer a prática que leva ao resultado (ser um buda) e estudar/aplicar o dharma (ensinamentos do Buda) e participar da comunidade de praticantes (a sangha), ou seja, toma-se refúgio ou proteção nas três joias.

Rinpoche: significa “precioso” em tibetano. É um título dado aos Lamas que são reconhecidos como lamas reencarnados, que possuem grandes realizações espirituais. É a maneira de se dirigir a um Lama respeitosamente.

Samsara: é a perpétua repetição do nascimento e morte, desde o passado até o presente e o futuro ao qual os seres sencientes estão presos. É caracterizada pelo contínuo estado de sofrimento e insatisfação.  Só se consegue escapar dessa roda por meio da perfeita sabedoria, ou seja, da Iluminação.

Sangha: é uma das Três Joias do budismo. Consiste na comunidade espiritual composta pelos mestres, monges, monjas, e leigos que seguem os ensinamentos de Buddha (Buda). Inicialmente, a sangha era composta apenas por monges e freiras desabrigados. Porém, com o movimento mahayanista, todos aqueles que almejam o estado de Bodhisattva passaram a ser aceitos.

Sunyata (a não substancialidade): este conceito, um dos pontos fundamentais do budismo, significa que nada tem substância ou é permanente: tudo é desprovido de qualquer tipo de substância essencial e, por isso, tudo na realidade é “vazio”. Este termo é conhecido também como vacuidade. O Budismo afirma que uma coisa não pode existir inerentemente por si própria, ou seja, não há nenhum puro elemento permanente, como base para a existência de algo: as coisas existem por causa da sua interdependência umas das outras. Por ser um tema bastante complexo e de difícil compreensão, dedicarei um artigo específico para falar sobre a vacuidade.

Sutra (escrituras sagradas): são os tratados onde estão registrados os ensinamentos de Buda. É uma das partes do Tripitaka.

Tantra: significa “continuidade”. São textos dos ensinamentos budistas sobre as práticas do mantra secreto, proporcionando um caminho rápido para a Iluminação. Foram transmitidos de mestre para discípulo e apresentam uma ênfase em ritual, mantras e visualizações. Tantra é colocar o resultado na ação, transformar os fluxos de energia natural do nosso corpo, nos permitindo maximizar a energia que cura profundamente nosso corpo e mente.

Tashi Delek: cumprimento tibetano que significa “que tudo seja auspicioso”.

Terra Pura: também conhecida como reino puro. É a terra dos Buddhas (Budas), um ambiente puro no qual não existe sofrimento e a Iluminação é assegurada.

Thangkas: são pinturas religiosas que tiveram sua origem no Tibete no século VIII, pintadas em tecido de algodão com tintas a base de água coradas com pigmentos orgânicos e minerais fixados com goma. Para os budistas tibetanos estas pinturas religiosas oferecem uma bela manifestação do divino, sendo visualmente e mentalmente estimulante.

Theravada (ou Hinayana – os patriarcas anciãos): Thera significa anciãos. Esta escola é a dos mais velhos que, historicamente, foi um grupo de monges conservadores que seguiam os preceitos de modo leal e opunham-se a outro grupo de monges mais liberais, cujas ideias formaram o pensamento mahayana. Mahadeva, um monge progressista, insistiu sobre a livre interpretação dos sutras, o que provocou a cisão entre Theravada e Mahasamghika, que posteriormente constituiu o budismo mahayana.

Três Joias: são os objetos de refúgio de um budista – Buddha (Buda) como o mestre, Dharma como os ensinamentos e práticas e Sangha como a comunidade de praticantes.

Tripitaka (os três vasos): os três ramos das escrituras budistas (Dharma) constituem a tripitaka que são: sutras – que contém os ensinamentos de Buda; Vinayas – que contém as suas disciplinas; e Abhidharmas – que encerram vários comentários e ensaios sobre os preceitos e doutrinas budistas.

Tulku: é uma palavra tibetana que se refere à reencarnação reconhecida de um Lama que renasceu intencionalmente para beneficiar todos os seres.

Uposatha: significa “entrar para ficar”. Nesses dias, que são definidos de acordo com base no calendário lunar, os leigos usam roupas especiais (geralmente túnicas brancas) e entram nos mosteiros locais, acompanhando os monges no canto e na meditação. Com isso, os leigos podem observar outros preceitos morais, adquirindo dessa forma um mérito adicional e reforça sua prática do Dharma, seu comprometimento com o Budha e a relação com os monges.

Vajra: é uma palavra sânscrita que significa tanto “diamante” quanto “relâmpago”. É a natureza imutável do corpo, da fala e da mente. Como objeto ritual, atribui-se ao Vajra a representação da firmeza do espírito e força espiritual. Em seu centro existe uma esfera que representa a natureza primordial do universo, o vazio potencial (Sunyata). A partir dessa esfera inicial surgem, para ambos os lados, pétalas de lótus e das pétalas surgem lâminas. Para um lado, representa a iluminação (Nirvana) e, na outra direção, representa o mundo fenomênico (Samsara). Simbolicamente representa a espiritualidade e a prática.

Vajrayana: em  sânscrito e significa “veículo de diamante”. É o caminho espiritual daqueles que seguem a abordagem mahayana.

 Vinaya: é o código de disciplina para o auto treinamento deixado por Buddha para os monges e monjas. O Vinaya tem sua função central no sentido de assegurar a pureza do modo religioso de viver. Serve como antídoto para o desejo. Estes ensinamentos discutem a disciplina e a conduta ética no contexto monástico.

 Votos: é uma determinação virtuosa de abandonar determinadas falhas que consiste em um conjunto de práticas de disciplina moral que são seguidos e mantidos pelo praticante. Existem os votos monásticos, chamados de Vinaya, e os votos leigos que são “não roubar”, “não mentir”, “não matar”, “não se intoxicar”, “não ter má conduta sexual”.

Assim como tudo na vida, esse texto também é impermanente. Como o vocabulário é vasto, novos verbetes serão inseridos assim que se fizer necessário, mas não se preocupem: conforme as mudanças forem feitas aqui e as palavras surgirem nos textos, deixarei um link entre os dois para facilitar a leitura.

 

Tashi Delek!

 

 

[1] Self: Arquétipo da ordem e totalidade, abrangendo o consciente e o inconsciente, e que embora polares, não representam opostos, mas sim uma relação de complementaridade, tendo o self como mediador e gestor dos recursos e conteúdos do individuo. Segundo Jung, toda personalidade é formada a partir de um centro que é responsável por seu desenvolvimento, ou seja, o self não é apenas o ponto central, mas abarca a totalidade. Assim, o self, através dos acessos e ativações dos arquétipos, motiva a formação e desenvolvimento do ego. (Fonte: JUNG, Carl Gustav. Tipos psicológicos. Petrópolis: Vozes, 2009)

 

Artigo por Ana Caroline Nonato. 

O Budismo e a vida de Buda

O Budismo é uma religião/filosofia repleta de ensinamentos e termos específicos. Para a compreendermos é necessário que tenhamos conhecimento prévio sobre eles. Entretanto, antes de entramos no tema de modo mais específico, que trarei nos próximos textos, é necessária a compreensão do por que para uns o budismo é religião e para outros uma filosofia, e conhecer a vida do atual Buda histórico, o Sakyamuni (Śākyamuni ou Shajyamuni).

Há quem procure enfatizar e apresentar um enfoque não religioso do budismo com o objetivo de desvinculá-lo da noção de religião. O budismo tem como características importantes promover a análise crítica de suas próprias doutrinas, buscando a demonstração empírica e conclusão racional. Porém, ele está permeado por noções e elementos que são fortemente considerados religiosos, como reencarnação e fé. Por não ser teísta, diferente de todas as demais religiões, o budismo não é considerado uma religião por alguns e sim uma filosofia.

A palavra filosofia é formada por duas palavras gregas filo, que significa amor e sofia, que significa sabedoria. Deste modo, podemos dizer que filosofia é amor à sabedoria ou amor e sabedoria, sendo que ambos os significados descrevem o budismo perfeitamente, pois ele nos ensina a maneira como podemos desenvolver o potencial de nossa mente para que possamos alcançar o entendimento da realidade com clareza, mas também prega o desenvolvimento do amor e da bondade por todos os seres.

Entretanto, se olharmos de modo mais profundo, é desnecessária essa definição se é religião ou filosofia, uma vez que o budismo se nomeia como “Dharma de Buda”, ou seja, o ensinamento daquele que vê a realidade como ela é.

Agora vamos conhecer mais sobre o atual Buda histórico, o Sakyamuni. Porque Buda histórico? Primeiro ponto fundamental é saber que Buda não é um nome e sim um título que significa “aquele que sabe a verdade”. Refere-se a alguém que tenha alcançado a iluminação ou despertado por conta própria, ou seja, alcançou o nirvana, um nível superior de entendimento e deste modo não passará mais pelo ciclo dos nascimentos e mortes (samsara). Desta forma, ao longo da história do budismo houve diversos budas, antes de Buda Sakyamuni e haverá outros no futuro. Sua importância histórica deve-se ao fato dele ter sido o fundador do budismo. Ele é tido como a personificação da grande compaixão.

Os budistas acreditam que o próximo Buda será Maitreya (do sânscrito maitri, “amistosidade”) que será o responsável por renovar o atual ciclo iniciado por Sakyamuni. Estes ciclos se renovam quando os ensinamentos do Buda são esquecidos neste mundo. Maitreya está associada ao início de uma nova era onde o mundo será transformado em um paraíso.

Voltemos ao Buda Sakyamuni. Na encosta sul do Himalaia, ao longo do rio Rohini, havia uma tribo chamada de Sakya, governada pelo Rei Shuddhodana Gautama. Durante 20 anos o rei e sua esposa, Maya não tiveram filhos. Entretanto, em uma noite a rainha ficou grávida após sonhar com um elefante branco que entrou em seu ventre pela axila direita. O rei e o povo ficaram muito felizes com a notícia e esperaram ansiosamente o nascimento do príncipe. Conforme a tradição daquela época, a rainha voltou à casa paterna para dar a luz, porém, no meio do caminho ela parou para repousar em um lindo jardim. Maravilhada com as flores de Asoka, a rainha estendeu o braço direito para apanhar um ramo quando de repente deu à luz ao príncipe. Céu e terra se regozijaram com o nascimento. Era dia 8 de abril, 560 aC.

Sentindo uma profunda alegria, o rei chamou seu filho de Siddartha, que significa “todos os desejos cumpridos”.  Pouco tempo após o nascimento de Siddartha, a rainha Maya faleceu repentinamente, tomando de profunda tristeza o rei e todo o reino. O príncipe foi criado por Mahaprajapati, irmã mais nova da rainha.

Certo dia, um ermitão chamado Asita dirigiu-se até o palácio após ver um brilho ao redor do castelo, o que julgou ser um bom presságio. Ao conhecer o príncipe, o ermitão disse que caso o príncipe permanecesse no palácio após a juventude, ele se tornaria um grande rei e governaria todo o mundo. Porém, se ele abandonasse a vida palaciana e abraçasse a vida religiosa, seria um Buda, o salvador do mundo.

A princípio o rei ficou feliz com a profecia, porém, com o tempo passou a temer que seu único filho se tornasse um monge. Ao notar que o príncipe possuía pensamentos profundos sobre a existência, o rei tentou por todos os meios divertir seu filho e fazer com que seus pensamentos fossem para outras direções.

Ao completar 19 anos o rei arranjou um casamento para Siddartha com a princesa Yashodhara, sua prima, filha do irmão da falecida rainha Maya. Durante dez anos a vida do príncipe foi repleta de prazeres, música, festas, porém, sua mente continuava a questionar sobre o verdadeiro significado da vida humana.

Os pensamentos continuaram a atormentar a mente do príncipe até o nascimento de seu único filho, Rahula. Este acontecimento fez com que Siddartha abandonasse o castelo acompanhado de seu único criado atrás das respostas para sua inquietude mental.

Durante sua caminhada, muitos demônios o tentaram a retornar ao castelo, porém Siddartha soube silenciá-los, pois sabia que nada mundano jamais traria satisfação. Assim, raspou a cabeça e tornou-se um monge mendicante.

Primeiramente, Siddartha visitou três eremitas para aprender sobre práticas ascéticas e meditação. Porém, depois de praticar os ensinamentos com estes eremitas, convenceu-se que eles não poderiam conduzi-lo à iluminação. Decidiu praticar ascetismo de modo severo na floresta de Uruvela por seis anos. Durante este período, Siddartha teve cinco companheiros que o abandonaram assim que o príncipe aceitou uma xícara de leite após concluir que não havia conseguido atingir seus objetivos mesmo após as práticas. Estes companheiros viram esse ato como algo inaceitável e julgaram-no como degenerado, deixando-o à própria sorte.

Sozinho, o príncipe mesmo bastante debilitado decidiu realizar um novo período de meditação. Foi uma luta intensa! Sua mente confusa abrigou diversos pensamentos desesperados, o assédio dos demônios era intenso! Porém, de modo muito paciente e cuidadoso, Siddartha superou-os. Esta batalha foi tão intensa que Siddartha foi ao chão fraco, desnutrido e quase sem vida. Neste momento a estrela d’alva desapontou no oriente e mostrou que a luta do príncipe havia terminado. Sua mente ficou tão clara quanto o sol e ele finalmente encontrou o caminho da iluminação. Era dia 8 de dezembro e Siddartha estava com 35 anos. A partir desse momento, o príncipe passou a ser conhecido como Buda, o perfeitamente iluminado; por Sakyamuni, o sábio do clã Sakya ou por outros como o sábio do mundo.

Os primeiros discípulos do Buda Sakyamuni foram os cinco monges que o abandonaram após os seis anos na floresta. A princípio eles o evitaram, porém, após conversarem puderam ter certeza que se tratava de um Buda e passaram a segui-lo. Com o passar do tempo muitos se tornaram seguidores e fiéis, até mesmo seu pai, o rei Shuddhodana, que se tornou seu mais fiel discípulo.

Durante 45 anos Buda percorreu o país disseminando seus ensinamentos. Aos oitenta anos de idade, Buda ficou muito doente e previu sua morte dentro de três meses. Mesmo doente, bastante fraco e sofrendo, ele prosseguiu viagem até chegar à floresta de Kusinagara, onde continuou a ministrar seus ensinamentos de modo dedicado até seu último momento. Tranquilo por cumprir sua missão, o mais amável dos homens adentrou o almejado Nirvana.

O corpo de Siddartha foi cremado em Kusinagara por seus amigos seguindo a orientação de seu discípulo favorito, Ananda. As cinzas foram repartidas entre oito países.

Buda deixou 84 mil ensinamentos, sendo que cada um deles se refere a uma doença causada pelos três principais venenos da mente: ignorância, apego e raiva. Para o budismo, todos os seres tem natureza iluminada, porém, não conseguimos percebê-la devido os obscurecimentos mentais decorrentes dos sofrimentos provocados por estes venenos, pela mente não controlada e por ações ruins.

Que nossas mentes sejam livres dos venenos e que nossas ações sejam corretas!

 

Tashi Delek! (Cumprimento tibetano que significa “que tudo seja auspicioso”).

Artigo por Ana Caroline Nonato.