Queridos irmãos, boa tarde
Justos são aqueles que apostam todas as suas fichas na maior e grande chance de vitória que já existiu, a vitória contra o medo, contra o ódio, contra o rancor e contra o temor de que nada na vida dará certo. Pelo contrário, meus irmãos. Tudo na vida está de acordo com os propósitos do Pai. Tudo segue um rumo adequado para a vida de cada um encarnado nesta Terra.
Porém, todo aquele que teme não estar seguindo o caminho correto, deve se questionar: será que estou fazendo o bem para mim mesmo e para o próximo? Será que estou agindo de acordo com a justiça divina, reparando no argueiro do meu olho, ao invés de olhar a trave no olho do meu irmão? Será que estou seguindo os preceitos da Trindade Santa que é Pai, Filho e Espirito Santo, no que se refere aos conceitos bíblicos de amar ao próximo como a ti mesmo e não fazei ao outro aquilo que não gostaria que fizessem a ti mesmo?
Será que estou sendo justo ao partilhar do que tenho com aquele que mais precisa? Será que estou sendo bom para com o meu irmão a ponto de não julgar suas escolhas? Será que estou fazendo a caridade, conforme Deus orienta, sem esperar nada em troca? Será que estou sendo um ponto de apoio e sustentáculo para a minha família nos momentos de tristeza e desespero? Será que estou agindo de acordo com os preceitos do Pai Celeste quando me orienta a seguir meu coração e respeitar meu tempo e o meu caminho de evolução?
Para muitos, meus queridos, respeitar o outro significa fazer para ele o mesmo que gostaria que fizessem para si. Mas nem sempre isso é verdadeiro. Fazer para o outro aquilo que gostaria que fizessem para si é dar ao outro aquilo que você julga que ele precisa receber. E nem todos temos as mesmas necessidades. Muitos de nós temos necessidades evolutivas diferentes. E muitos de nós necessitamos passar por processos distintos, que contribuirão para o nosso aprendizado de formas diferentes, respeitando o momento em que estamos e respeitando as nossas escolhas. Podemos escolher estacionar, temporariamente, no nosso aprendizado. Não significa que estejamos agindo em respeito a nós mesmos, mas significa que estamos escolhendo não evoluir. Isso se torna grave quando a minha escolha em estacionar afeta o processo evolutivo do meu irmão. Pois nossas escolhas muitas vezes interferem do dia-a-dia do próximo. Isso sim deve ser considerado, até mesmo quando escolhemos não prosseguir no nosso aprendizado.
E mesmo assim, meus irmãos, estarão aprendendo. Aprendendo que, mais dia ou menos dia, se depararão com um momento em que a ficha irá cair e entenderão que o tempo que demandarão “não evoluindo” (por escolha própria) foi também para vocês um aprendizado, em respeito ao seu próprio processo. O aprendizado é inevitável, portanto. Se escolherem não evoluir, estarão apenas adiando o entendimento de que a caminhada é para um rumo só, um só horizonte e um só destino.
A jornada é única e esperamos que tenham aprendido isso. Quanto mais tempo acreditarem estar adiando suas provas, na realidade mais tempo estarão demandando apenas para entender que elas permanecerão onde estão, ou avançarão ao seu encontro, pois são inevitáveis. Provas, meus queridos, são sinônimos de amadurecimento e crescimento em espírito. Nunca se esqueçam disso: aqueles que muito sabem o sabem pois passaram por suas provas e pelos contínuos processos de entendimento e aprendizado. Já aqueles que pouco conhecem são aqueles que pouco se interessaram em aprender e produzir frutos a fim de acumular conhecimentos para si, para o seu processo evolutivo e que, inevitavelmente, contribuiriam para o processo evolutivo do próximo.
Que o Espírito de Luz, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo os iluminem hoje e sempre.
Autor: Fraternidade do Sagrado Coração.
Local e Data: São Paulo, 31/05/2016
Canal: Fernando